
09 de setembro de 2010 | 00h00
"O partido tem 1 milhão de filiados e não há como controlá-los", afirmou Dutra. A declaração de Dutra mostra uma reversão na estratégia do PT, que até agora vinha negando vínculo entre os suspeitos e o partido.
Para Dutra, o importante é que nenhuma ordem para qualquer atividade ilegal partiu do comando petista ou da campanha de Dilma Rousseff.
"Esta é uma questão que eu insisto ser um caso de polícia. Por isso, nós pedimos à Polícia Federal para apurar. É um fato grave, merece solução, a lei prevê isso."
Dutra disse que repelia qualquer ilação ou qualquer tentativa de vinculação "desses lamentáveis episódios" com a campanha de Dilma. E reafirmou que o PT irá à Justiça toda vez que uma "ilação" de alguém vincular o partido a qualquer ação ilegal.
CPI. Dutra foi irônico ao comentar iniciativa do deputado Raul Jungmann (PPS-PE), que diz estar disposto a coletar assinaturas no Congresso para abrir uma CPI para investigar a quebra de sigilos na Receita Federal. "É um direito do deputado. A CPI é um instrumento da oposição. Nós, do PT, quando na oposição, utilizamos muito as CPIs", afirmou. "Mas eu acho que o deputado Jungmann deveria se preocupar mais em pedir votos em Pernambuco, porque corre o risco de ser derrotado se não se dedicar à campanha dele."
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