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É preciso tocar a vida para a frente, diz Lula

Ao lado do vice-presidente José Alencar e de um grupo de amigos e assessores, Lula era o mais tranqüilo. "Ânimo, pessoal. Ganhamos o primeiro turno. Aagora vamos vencer o segundo"

Por Agencia Estado
Atualização:

"É preciso tocar a vida para a frente", disse o presidente Luiz Inácio Lula da Silva a um grupo de ministros, num encontro de domingo à noite, no Palácio da Alvorada. Antes do resultado final do primeiro turno das eleições, ele pediu ânimo e mandou todos estarem nesta segunda-feira no Palácio do Planalto para uma reunião da coordenação política. Segundo relato de um amigo, Lula, com serenidade, deixou claro, no entanto, que quer, imediatamente, que os culpados pelo escândalo do dossiê contra os tucanos se responsabilizem por ele, para poder retomar a campanha. A questão do dossiê ainda perturba o presidente, segundo assessores. "Estou com a alma machucada", disse a pessoas próximas. "Temos de resolver isso para iniciarmos a campanha do segundo turno." Ao lado do vice-presidente José Alencar e de um grupo de amigos e assessores, Lula era o mais tranqüilo. "Ânimo, pessoal. Ganhamos o primeiro turno. Aagora vamos vencer o segundo", teria dito Lula, segundo relato da mesma fonte. "Vamos ganhar duas vezes", acrescentou. A grande alegria do presidente na noite de ontem foi saber o resultado das eleição para o governo da Bahia, vencida pelo ex-ministro dele Jacques Wagner. "Está vendo, o Wagner enfrentando tudo e todos, inclusive nós, ganhou a disputa". Na saída do Alvorada, o ministro de Relações Institucionais, Tarso Genro, tentou demonstrar ânimo. "A votação do presidente Lula foi espetacular, só faltou um pouquinho", afirmou o ministro. "Vamos para o segundo turno discutir o futuro do País", disse. "A orientação do presidente é mostrar o que fizemos e comparar tudo com o governo anterior", completou. A uma pergunta se Lula não venceu no primeiro turno por causa da ausência no debate da TV Globo e do escândalo do dossiê, Tarso respondeu bem-humorado: "A culpa é do 1%". "Agora vamos fazer quantos debates forem necessários."

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