Economista recupera Rolex

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Por Agencia Estado
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Chegou ao fim nesta sexta-feira o caso do Rolex do economista Jorge Garcia, de 39 anos, roubado na quarta-feira por Adriano Batista Gomes, de 22. O relógio foi devolvido e, ao contrário do que se acreditava, nunca esteve no fundo da Lagoa Rodrigo de Freitas. Garcia recebeu a boa notícia à tarde, pelo advogado Alessandro Moura de Paula Freitas, de 29 anos. O advogado contou que, na manhã desta sexta-feira, recebeu telefonema da mulher de um homem identificado como Júlio César, preso na carceragem da Polinter por roubo, a quem Gomes, preso no mesmo lugar, teria confiado o Rolex. Júlio teria repassado o relógio para a mulher. Ela ligou para Freitas, com quem tinha contato porque negociava o valor dos honorários para que ele seja o advogado do marido. "Fui até a Polinter para confirmar a veracidade da história com o Júlio César. Depois fui buscar o relógio", contou Freitas. Segundo ele, a mulher mora no Morro da Mineira, no Estácio, centro. O advogado disse acreditar que o Rolex tenha ficado todo o tempo com Gomes. O inspetor Matos, da 14ª Delegacia Policial (Leblon), porém, não acredita nessa hipótese. Para ele, o ladrão repassou o Rolex para algum cúmplice antes de ser preso. "Um ladrão nunca age sozinho, sempre tem cobertura. Esse relógio chegou a ele (Gomes) lá dentro (da Polinter). Alguém passou para ele na visita", disse o policial. Matos explicou que, ao ser preso, Gomes passou por pelo menos duas revistas completas, nas quais teve de tirar toda a roupa. A identidade do suposto cúmplice será investigada. Alheio à discussão, o economista Jorge Garcia comemorava o sucesso de sua insistência em recuperar o relógio, que, informou teria valor de revenda de R$ 500, sendo portanto mais importante para ele pelo valor sentimental. "Ganhei esse relógio há 19 anos de um ente querido que não está mais aqui. O que importa é não ficar conformado, acreditar na polícia", afirmou Garcia. Ele garantiu que não deixará de circular pela cidade com o objeto de estimação. A recompensa de R$ 500 oferecida pelo economista para quem recuperasse o Rolex - que fez muita gente entrar na Lagoa, incluindo um mergulhador profissional - não vai para ninguém. O advogado afirmou não ter cogitado a hipótese de ser recompensado e disse que Júlio César e a mulher também não tocaram no assunto. "Eu ofereci a ele (Freitas). Ele disse que estava satisfeito por me entregar o relógio e ver a minha satisfação, o que achei muito elegante", disse Garcia.

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