Ei, você aí, me dá uma celebridade aquI!...

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Por Sonia Racy
Atualização:

Vamos deixar claro. Quem gosta de celebridade e festa boca livre não pode perder o convite dos camarotes montados pelas cervejarias Brahma e Nova Schin que, a cada ano, se esmeram ainda mais nos seus convites aos famosos, proporcionando todo conforto possível, além de atrações internas, como shows de rock nos intervalos dos desfiles e tudo mais, com direito a DJs e cantores. A Brahma está "chegando à perfeição" e a Schin caminha. Não é preciso sequer gostar de assistir aos desfiles. Não, não era assim quando a Brahma, por ter sua fábrica na Sapucaí, inventou essa moda, adotada rapidamente por outras cervejarias. A ideia, na época, era convidar um seleto grupo de pessoas low-profile, que gostam de carnaval e queriam assistir aos desfiles com conforto, aproveitando a estrutura física que já lá existia. O foco eram a passarela e conversas ao pé da bateria, entre uma escola e outra, com políticos, empresários, distribuidores, amigos. Mas, ao passar uma escola, todo mundo ia para a mureta, de olho fixo no espetáculo. O tempo passou, a era Celebrity se instalou. E no carnaval deste ano, pelo que se pode observar, a síndrome chegou no seu auge! Quem ama ver as escolas passarem se assusta com a preferência dos convidados de ambos os camarotes: querem mesmo é assistir ao desfile de famosos dentro dos recintos. Famosos que são disputados a tapa - ou a dólares - por cada uma das marcas de cerveja. Que escola de samba, que nada. "Olha o Ronaldo chegando!" - e lá vai o batalhão de fotógrafos e de gente do tipo "quero ser celebridade mesmo que seja do B" atrás do moço. Coitado do Ronaldo? Nada disso, ele poderia fazer como Zico, que comprou um camarote da maior discrição para ver o carnaval com os amigos. Sua presença no sambódromo sequer foi registrada. "Ei, chegou Grazi Massafera, olha lá o Rodrigo Santoro (que dizem ter embolsado R$ 120 mil para comparecer)". E mais correria e tumulto. Coitados? De novo: Ana Maria Braga, este ano, também preferiu comprar o próprio camarote. O ator americano Kevin Spacey, esse sim, aterrissou de gaiato no navio, ops, no camarote. Assustado com o assédio, teve que ir para um lugar reservado em separado pela Brahma para poder assistir às escolas de samba. Mal conseguiu e mas declarou ter gostado da festa. Matthew McConaughey, acompanhado da mulher, Camila, se mostrava mais à vontade. "I Love Brazil", dizia. Já o irmão de Dodi Al-Fayed, Karim, e sua mulher, Brenda Costa, apareceram tanto no espaço da Brahma como no da Nova Schin e conseguiram assistir aos desfiles, desviando de um fotógrafo e outro, ajudados pelo forte esquema de segurança que levaram. Sem críticas significativas à organização. Mas quando festas dentro de camarotes se tornam maiores que o maior espetáculo da Terra, há algo errado no ar. Tanto assim que pessoas como Carolina Ferraz, Letícia Birckheuer e Lenny Niemeyer, fãs tradicionais e incontestes do carnaval carioca, pensam em se juntar para comprar um camarote e ver o desfile de maneira sossegada. As cervejarias poderiam pegar o gancho e também repensar sua maneira de alavancar suas marcas durante o carnaval. Converse comigo Kevin Spacey tem mais um Oscar para adicionar à sua lista. Pelo menos, a de contatos: Oscar Niemeyer. O ator deve se encontrar hoje com Niemeyer, no Rio. É que o ator americano virou fã do arquiteto depois que conheceu o centro cultural criado por ele em Avilés, na Espanha, e que leva o seu nome. O ator - que deixa o Hotel Fasano Rio amanhã - participa do board do centro ao lado de Woody Allen, Stephen Hawking e Paulo Coelho. Quem vem Fechado no carnaval: Andrea Bocelli volta ao País em abril. Pedro Bianco, da Dançar Marketing, arrematou as apresentações do tenor. Uma no HSBC Arena, no Rio, dia 18. A segunda, no Parque da Independência, em São Paulo, dia 21. Meu tesouro Já sem Lula ao lado, Sérgio Cabral desceu à pista, na madrugada de ontem, para ver Portela e Mangueira. Mas seu coração bateu, mesmo, foi ao ver o ritmista da Mangueira - seu filho Marco Antônio. Meu nome é Dilma O balanço do carnaval de Recife revela que é longo o caminho para Dilma Rousseff. Nas ruas, só era "reconhecida" depois que Eduardo Campos a apresentava. Bloco pede passagem Quem conhece a folia de outros tempos garante: o carnaval carioca - aquele... - está voltando às ruas. Meio descontrolados sim, os blocos de rua estão por todo lado. A cidade contabilizou 210 deles este ano. Motivos? Os preços da Sapucaí pela hora da morte e o "choque de samba" de Eduardo Paes, que ampliou a segurança e liberou as festas de rua. O tradicional Cordão do Bola Preta chegou a criar um "cordão vip" para 4.000 convidados. Xô, inveja Feliz ao receber mais um prêmio como musa do carnaval baiano, Ivete Sangalo foi direto ao ponto na hora dos agradecimentos: "A cada troféu, um banho de sal grosso". Liquidação? Um paulista descobriu em seu hotel quatro estrelas do Rio, por R$ 900, a mesma fantasia da Mocidade que havia comprado pela internet. E que lhe custara R$ 450. Pinguim no axé Abadá? Nada disso. Carlinhos Brown foi de smoking Zegna na passagem de seu Camarote Andante. Em Salvador.

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