PUBLICIDADE

Ellus em alta dá fôlego às fusões

Grife apostou em produto vendável; no final, Cia Marítima é o destaque, só que na marquise

Foto do author Renata Cafardo
Por Deborah Bresser , Flavia Guerra , Renata Cafardo e Eduardo Diório
Atualização:

O desfile apresentado pela Ellus, no segundo dia da SPFW, é uma prova de que as fusões de marcas com grupos de investidores pode dar certo. Vendida para a In Brands no início do ano, a grife investiu sua força na criação, nas matérias-primas e na concepção de um produto vendável e com estilo. Encheu os olhos da platéia com um aquário no fundo da passarela, onde modelos mergulhavam. Na passarela, o que se viu foi o resgate de uma Ellus cool e antenada. Minijaquetas femininas, com tecidos metalizados, abrem uma proposta futurista. O jeans, carro-chefe da etiqueta, aparece quase branco, em lavagem white-sand. Os linhos com metal, a organza e as malhas de algodão marcam a coleção. Veja a galeria de fotos e a cobertura online do SPFW Ontem também foi dia do primeiro desfile de moda praia e o primeiro só de moda masculina. A Movimento trouxe biquínis de alças grossas e maiôs com recortes na altura das gordurinhas laterais. A grife de Pernambuco apostou nas cores verde-folha, roxo-açaí e vermelho para o verão. Os acessórios, segundo a estilista Tininha da Fonte, foram feitos de osso de bode, considerado o marfim do Nordeste, e também chegam à temporada bem grandões. Já Rachel Davidowicz elegeu o reaproveitamento de materiais como tema da coleção, que uniu o tecnológico ao artesanal. A estilista e sua equipe da Uma foram buscar em tiras de borracha, a inspiração para criar texturas em looks que prometem um verão despojado. No primeiro desfile só para rapazes, Igor de Barros, da V.Rom, continuou a acreditar no look blazer com bermuda. "É difícil acostumar o cliente com esse tipo de visual, mas esse estilo dá um ar bem contemporâneo", defende Barros. Aclamado pelo público, o estilista Fause Haten - que anunciou sua saída do grupo I?M e desfilou a marca FH - foi recebido com aplausos no fim da apresentação à noite. Por causa de complicações comerciais, ele optou por desfile enxuto, focado na moda feminina, em que ele resgata a excelência das roupas de festa que marcaram sua carreira. Os tressês de tecido, as saias de dobradura, o cetim com renda devoré não ficaram de fora nas cores preta, cereja, verde e azul-lavanda. Batizada de Butterfly Gril, a coleção verão da Triton, assinada por Karen Fuke, focou nas roqueiras dos anos 80. "A Karen realizou um trabalho belíssimo", resume o diretor criativo Tufi Duek. As formas ajustadas ao corpo na parte de cima fazem par com saias de couro (saia-lápis, balonê, mini). Destaque para a variedade de coletes que ganharam aplicações de zíperes e tachas. Nos pés, a aposta é a sandália gladiador. Em um desfile que reuniu celebridades na platéia e na passarela, a Cia Marítima apresentou a maior produção desta SPFW. O cenário foi montado por Daniela Thomaz na Marquise do Ibirapuera, que espalhou passarela e cadeiras por todo espaço. Os biquínis, maiôs e roupas de praia eram uma mistura de influências africanas, situadas no fim dos anos 60, com muito babado e saias longas, com estampas tie dye. Os convidados iam da ex-prefeita Marta Suplicy a globais como Marcelo Novaes, Gabriela Duarte e Carlos Casagrande. Entre as modelos, a atriz Débora Nascimento, da novela Duas Caras, e a checa Karolina Kurkova.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.