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Em 2,5 anos, urbanização dará nova cara à área

10% das famílias tiveram de ser removidas na abertura de ruas

Por Sérgio Duran
Atualização:

A Prefeitura abriu licitação para a segunda fase do Programa de Urbanização da Favela Paraisópolis. A primeira está praticamente concluída e envolveu de canalização de córrego à construção de um pequeno estádio de futebol, onde antes havia um campinho de terra para a disputa do torneio local. As obras da nova fase encerram a urbanização da favela e consumirão R$ 150 milhões e 30 meses para serem concluídas, segundo o edital de licitação. Dessa vez, o foco será a construção de mil unidades habitacionais para receber todos os moradores que ficaram sem suas casas por causa da urbanização. Segundo a arquiteta Maria Teresa Diniz, coordenadora do programa, vários moradores de área de risco tiveram de ser removidos. Foram oferecidas alternativas e acomodação em conjunto habitacional, como a possibilidade de ficar com a casa de quem quiser se mudar para os prédios e não está em área de risco. Os prédios a serem construídos em Paraisópolis, de acordo com a arquiteta, receberão identidade visual própria, terão quatro andares, sendo o térreo aberto para pequenos comércios. Os caixilhos desses pequenos edifícios permitirão que as persianas das janelas formem linhas horizontais. Segundo o Censo de 2000, havia 11.823 domicílios em Paraisópolis. A julgar por essa conta, a remoção de moradias não chegou a 10% do total de famílias. Segundo Maria Teresa, o objetivo era mexer o mínimo possível nas casas. "Há construções muito boas e é impressionante como as obras de urbanização influenciam os moradores a rebocarem e pintarem suas casas", diz Maria Teresa. A urbanização de Paraisópolis serviu ainda de teste a todas as políticas habitacionais da Prefeitura e deverá ditar futuras intervenções na cidade.

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