Aliada do governo, a UNE fraudou convênios, forjou orçamentos e não prestou contas de recursos públicos recebidos, como revelou reportagem do Estado em novembro de 2009. A entidade apresentou até documentos de empresa de segurança fantasma para conseguir aprovar patrocínio para encontro nacional em Brasília. A reportagem informou que dados do Ministério da Cultura revelaram que pelo menos nove convênios celebrados com a UNE, totalizando R$ 2,9 milhões estavam em situação irregular. Na época, o presidente da UNE, Augusto Chagas, negou má-fé. "A UNE também tem seus problemas administrativos. É uma organização construída por jovens, tem uma série de problemas, limites na sua condição administrativa", disse. E prometeu devolver o dinheiro, caso as irregularidades fossem comprovadas.Um dos convênios era para produzir 10 mil livros e um documentário sobre a história estudantil secundarista. A UNE teria 60 dias para prestar contas ou restituir em 30 dias as verbas não usadas. Não fez uma coisa nem outra.