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Em 7 Estados, gasto com aluguel soma R$ 314 mi

Apenas o governo de São Paulo despende R$ 130 milhões ao ano com 700 imóveis, incluindo os destinados a instalações do Poder Judiciário

Por Eduardo Kattah , Elder Ogliari , Evandro Fadel , Roberto Almeida , Tiago Décimo , Célia Bretas Tahan , Fátima Lessa e Luciano Coelho
Atualização:

A despeito de promessas de redução de gastos com aluguéis, os governos de Minas, Bahia, Rio Grande do Sul, Tocantins, Paraná, Mato Grosso e São Paulo declararam despender ao todo pelo menos R$ 314,2 milhões ao ano com locação de imóveis. Consultado, o governo do Piauí nem sequer sabe quantos imóveis tem.Os números são resultado de levantamento realizado pelo Estado em oito Executivos estaduais. São Paulo, por exemplo, gasta R$ 130 milhões ao ano com 700 imóveis, incluindo os do Judiciário. O governador Geraldo Alckmin (PSDB) pretende comprar edifícios no centro da capital e transferir secretarias em prédios alugados para reduzir esse tipo de gasto.O governo do Rio Grande do Sul estima gastar R$ 45 milhões anuais em aluguéis. A Secretaria de Administração e Recursos Humanos está fazendo um levantamento do estoque de salas, prédios e terrenos públicos e do custo e das receitas com locações, com a expectativa de apresentar os primeiros resultados no fim de março.Ao mesmo tempo, Minas também só tem uma estimativa do quanto gasta: R$ 35 milhões ao ano. O governo mineiro afirma não dispor de dados discriminados nem da quantidade de imóveis alugados, mas espera uma redução dos gastos com locação em até 60% em 2011.Consultado, o governo do Paraná declarou gastar R$ 26,4 milhões ao ano com 453 imóveis espalhados pelo Estado. Tocantins informou despender R$ 12,6 milhões anuais com 370 imóveis e o governo baiano, R$ 4,4 milhões apenas na administração direta, com o uso de 165 imóveis alugados.Falta de controle. O governo de Mato Grosso não dispõe de dados concretos de quanto gasta com aluguel para abrigar toda sua estrutura. O controle é feito por cada secretaria, que, segundo assessoria da Secretaria de Estado de Administração (SAD), aluga de acordo com suas necessidades.Desde o ano passado, a Superintendência do Patrimônio, ligado à SAD, tenta realizar levantamento sobre a situação dos imóveis do governo. Dados enviados pelos órgãos revelam a falta de controle por parte das próprias secretarias. Um exemplo disso é a pasta de Segurança Pública, cujo relatório enviado para o setor do Patrimônio aponta diversos equipamentos locados, principalmente sedes de delegacias, mas sem especificar valores nem prazos de vigência.O balanço oficial enviado pela Superintendência do Patrimônio indica que só as pastas da Fazenda, de Meio Ambiente e da Educação e o Instituto Agropecuária de Mato Grosso (Indea) têm o controle dos aluguéis com respectivos valores e prazos de vigência. No total, estes órgãos gastam R$ 60,8 milhões.Sem dados. O governo do Piauí não sabe quantos carros e imóveis possui. A atual gestão fixou prazo de 180 dias para apresentação de um relatório patrimonial. Para isso, nomeou uma comissão para fazer o levantamento do patrimônio do Estado. Segundo dados da Administração, cada secretaria tem autonomia para locar os imóveis que achar necessários para seu funcionamento, informando o contrato a Secretaria de Fazenda para que seja feito o repasse dos valores devidos. FaturaR$ 45 milhões é o valor que o governo do Rio Grande estima gastar todo ano com o aluguel de imóveisR$ 35 milhões são usados anualmente por Minas para alugar imóveis 453 imóveis alugados pelo governo do Paraná custam aos cofres do Estado R$ 26,4 milhões por ano

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