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Em ação cinematográfica, grupo faz assalto milionário e assusta Recife

Com arsenal pesado, criminosos roubaram da Brinks valor que pode chegar a R$ 60 mi; 'Era tanta explosão que eu achei que o prédio ia cair', diz morador

Por Monica Bernardes
Atualização:

RECIFE - Os moradores de Estância e Jiquiá, na zona oeste do Recife, viveram momentos de terror na madrugada desta terça-feira, 21, durante a investida de um grupo criminoso que assaltou, usando armamentos pesados, explosivos e disparando muitos tiros, a sede da empresa de segurança e transporte de valores Brinks.

O grupo cercou todo o entorno da empresa e bloqueou os acessos das ruas próximas, ateando fogo em veículos estacionados Foto: Marlon Costa/Futura Press

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Informações ainda não oficiais apontam que a quantia roubada dos cofres da empresa ultrapassa os R$ 60 milhões. Moradores contam que a troca de tiros durou mais de 60 minutos. Pelo menos três policiais foram feridos, mas todos sem gravidade. 

"Parecia que o mundo ia acabar. Era tiro para todo lado. Muita gente entrou em desespero. Moradores correndo para baixo de camas e para cômodos sem janelas, com medo de bala perdida", contou o professor Isaias Dias, de 43 anos, que reside a pouco mais de 500 metros da empresa atacada. "Era tanta explosão que eu achei que o prédio ia cair."

Segundo informações do 12º Batalhão da Polícia Militar, o grupo era formado por pelo menos 20 homens. Por volta das 2 horas, eles cercaram todo o entorno da empresa e bloquearam os acessos das ruas próximas, ateando fogo em veículos estacionados. Vários carros, casas e um posto de gasolina ficaram parcialmente destruídos.

O grupo explodiu o muro de uma loja de conveniência de um posto de gasolina para ter acesso ao cofre da Brinks. Na fuga, os criminosos passaram por uma blitz do Batalhão de Policiamento de Trânsito (BPTran), entrando em confronto com a polícia. Policiais do Batalhão de Polícia de Radiopatrulha e da Companhia Independente de Operações Especiais (Cioe) chegaram para reforçar.

Desde o início da manhã, cerca de 300 policiais entre civis e militares participam das buscas pelo grupo.

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