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Em clima de campanha, Lula visita o Banco do Brasil

Ao caminhar pela sede do banco, o presidente cumprimentou funcionários e posou para fotos

Por Agencia Estado
Atualização:

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva visitou nesta quarta-feira, 16, a sede do Banco do Brasil e demonstrou ter ficado preocupado com o clima de campanha gerado pela sua presença. Ele chegou a pedir a um funcionário, com gestos, que não cantasse o jungle de campanha. Mas cumprimentou funcionários, posou para fotos e no discurso para um grupo de funcionários, não economizou ataques ao governo anterior. Ele fez questão de ressaltar que os bancos federais como o Banco do Brasil estão apresentando melhores resultados no seu governo, do que na gestão passada. "Se depender de minha vontade, enquanto eu for vivo, quero ver todo ano a notícia de que o Banco do Brasil ganhou um pouquinho de dinheiro a mais", afirmou Lula, que cumpriu agenda de presidente. "Triste será o dia em que uma manchete sair com a informação de que o Banco do Brasil teve prejuízo e o Tesouro teve de aportar dinheiro para salvá-lo, como aconteceu muitas vezes", ressaltou. Uso político No discurso, o presidente negou que tenha empregado indicados políticos nos bancos federais (BNDES, BNB, Caixa Econômica, Basa e Banco do Brasil). "Eu só chamo eles (presidentes dos bancos) para reunião para perguntar se as coisas podem melhorar. Em todos esses anos que convivemos, nunca pedi a nenhum deles que colocasse um faxineiro, ascensorista ou assessor. Eu só chamo para discutir a possível baixa de juros, a facilitação do crédito e que mais gente tenha acesso ao sistema bancário", afirmou. Ao comentar a sua visita ao banco, Lula disse que não havia o hábito de os presidentes da República visitarem as instituições. "E muitas vezes as pessoas pensam que isso não tem importância". Na visita, durante a exposição sobre as atividades do banco, o agricultor Manoel de Antão, de Quixadá (CE), disse que foi no governo Lula que ele conseguiu empréstimo do Banco do Brasil. Um diretor do Banco, Luiz Osvaldo Santiago Moreira, foi outro a dar o tom eleitoral da visita de Lula. "A gente espera construir um novo Brasil", disse, depois de apresentar várias ações sociais do banco. Lucros Lula elogiou o "lucro extraordinário" que a instituição obteve no primeiro semestre do ano, de R$ 3,9 bilhões, bastante superior ao dos demais bancos do País. Segundo Lula quanto mais lucro o Banco do Brasil tiver mais forte ele vai estar para atuar na política social do governo. O ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão, Paulo Bernardo, funcionário licenciado do BB, acompanhou o Presidente da República na visita ao banco. Questionado sobre o discurso do presidente Lula, de que o PT, um velho crítico da elevada lucratividade dos bancos, tinha mudado de idéia, Paulo Bernardo garantiu que o Partido dos Trabalhadores nunca foi contra lucro de banco. "Se você encontrar um papel do PT assinado dizendo isso, eu terei o prazer de comê-lo com azeite e sal porque não existe isso", provocou o ministro. De acordo com Paulo Bernardo o que o partido sempre defendeu foi a conciliação necessária entre a ocupação de um espaço no mercado pelo BB e a missão de governo. "O Banco do Brasil tem a obrigação de disputar de igual para igual com os bancos, mas tem que ter também uma missão social", frisou. Matéria atualizada para o acréscimo de informação

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