Pelo segundo ano consecutivo, o Domingo de Ramos e o início das solenidades da Semana Santa não foram de uma Praça São Pedro lotada de católicos e turistas. O papa Francisco celebrou a data neste domingo, 28, em uma cerimônia para um público restrito, na qual se referiu especialmente àqueles que enfrentam as consequências da pandemia da covid-19.
A celebração foi realizada dentro da Basílica de São Pedro, cujo acesso estava restrito. Todos os presentes, exceto o pontífice, tiveram de utilizar máscaras. Cerca de 120 fiéis da Igreja Católica puderam acompanhar a missa, com a manutenção do distanciamento social. Há um ano, o Domingo de Ramos foi de ainda mais restrições, com o papa em uma basílica vazia.
O pontífice falou sobre a população estar mais cansada após mais de um ano de pandemia. “No ano passado, estávamos mais chocados. Este ano, estamos mais provados. E a crise econômica se tornou grave”, disse.
Ele descreveu a situação como “histórica e social”, que acarreta problemas físicos, psicológicos e espirituais. “Ao longo da Via Sacra cotidiana, encontramos os rostos de tantos irmãos e irmãs em dificuldade. Não passemos, deixemos que os nossos corações se movam com compaixão e se aproximem.”
Tradicionalmente, na data, o papa lidera uma procissão pela praça, em meio a milhares de pessoas com ramos de oliveiras em mãos e, na sequência, celebra uma missa ao ar livre. Em 2021, com exceção da procissão da Via Crucis, na Sexta-Feira da Paixão, todos os atos da Semana Santa ocorrerão dentro da basílica, inclusive a missa de Páscoa. Toda a programação terá acesso restrito.
No fim da homilia deste domingo, o papa rezou pelos atingidos de um ataque a uma catedral católica da Indonésia, que deixou ao menos 14 feridos.