
02 de junho de 2009 | 11h24
Os familiares das vítimas do voo AF 447 da Air France, que desapareceu na madrugada da segunda-feira, 1º, enquanto sobrevoava o Oceano Atlântico em direção a Paris, continuam chegando no Hotel Windsor, na Barra da Tijuca, no Rio. Cerca de 20 famílias estão presentes no local, que serve de concentração para os parentes dos passageiros.
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A Infraero encaminha todos os familiares que procuram informações para o hotel. Os familiares, entretanto, se queixam de que as notícias sobre as operações de resgate chegam apenas pela imprensa, e não pelos órgãos oficiais ou pela Air France. No subsolo, onde as famílias estão concentradas, uma televisão permanece ligada como um das poucas fontes de informações.
A mãe do dentista José Ronnel Amorim, de 35 anos, queixou-se da falta de informações. "É tudo muito estranho que isso venha a acontecer com uma aeronave possante. Até agora, não sabemos de nada.", disse ela.
Já o pai de Marcelo Parente, chefe de gabinete do prefeito Eduardo Paes, disse que ainda tem esperanças em um bom desfecho para o desaparecimento do avião. "Ainda tenho esperança, não vou criticar a companhia por falta de informações, porque não há o que ser informado até agora. Vamos aguardar", declarou Aldair Gomes.
Cerca de 50 pessoas estão no local e já receberam a notícia de que a Aeronáutica encontrou destroços de um avião na rota do voo AF 447. Os familiares devem participar de uma reunião com representantes da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e, provavelmente, o ministro da Fazenda, Nelson Jobim, para atualizá-los sobre as informações das operações de buscas à aeronave desaparecida.
Na manhã da segunda-feira, representantes da Anac informaram que o salão nobre do Aeroporto Antônio Carlos Jobim (Galeão), seria preparado para receber os familiares das vítimas. Posteriormente, um ponto de atendimento também foi instalado no hotel Windsor. Atualmente, todos os parentes estão sendo encaminhados ao hotel.
De acordo com a Anac, na tarde da segunda-feira a Air France tinha dificuldades de entrar em contato com os familiares por conta da falta dos telefones dos passageiros nos cartões de embarque. Segundo a companhia aérea, passagens, hospedagem, assistência psicológica e "tudo o que for necessário" está sendo oferecido aos parentes.
Apoio
O padre Jan Kaleta, da Episcopal de Jacarepaguá, na zona Oeste do Rio, foi ao hotel Windsor para prestar solidariedade. Segundo ele, o objetivo de sua visita é conhecer a situação e dar apoio em nome da Igreja Católica. "Estou aqui para dar apoio a essas pessoas que estão sofrendo nesses momentos tão difíceis para todos nós, é uma palavra de esperança para todos. Num momento como este, cada apoio é importante", afirmou o padre.
(Com Alberto Komatsu, de O Estado de S. Paulo)
Atualizada às 14h38
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