Em manifestação, ONGs pedem dados sobre vítimas da violência

Entidades de defesa dos direitos humanos pediram fim de 'operações baseadas na lógica do extermínio' no Rio

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Por Talita Figueiredo
Atualização:

Representantes de ONGs, entidades civis e sindicatos se reúnem em frente à SSP no Rio de Janeiro

 

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RIO - Organizações de direitos humanos fizeram manifestação nesta quinta-feira, 5, na Central do Brasil, no Rio, contra o que chamam de política de extermínio da polícia. O grupo entregou um ofício ao secretário de Segurança Pública do Estado, José Mariano Beltrame, exigindo a imediata divulgação da quantidade e da identidade das pessoas mortas em operações policias ocorridas em favelas desde queda do helicóptero da Polícia Militar, no Morro dos Macacos.

 

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A aeronave foi abatida a tiros de fuzil por traficantes do Morro São João, que fica ao lado, e tentavam dominar os pontos de venda de drogas do Morro dos Macacos, dominado por uma facção rival. Na queda do helicóptero, três policiais militares morreram.

 

Um manifesto assinado por 400 pessoas e 60 entidades que pede "o fim das operações policiais baseadas na lógica do extermínio" foi anexado ao documento. Nele, as entidades da sociedade civil informam que mais de 40 pessoas já morreram em confronto com a polícia desde o abate do helicóptero e há um número desconhecido de feridos. A solicitação foi entregue ao subsecretário estadual de Inteligência Rivaldo Barbosa de Araujo Junior, já que o secretário José Mariano Beltrame está em Brasília.

 

"Nós temos informações de pessoas de comunidades onde aconteceram as operações de que houve mais mortes do que a polícia revela. No discurso do combate às drogas, os policiais entram nas comunidades para revidar e travam combates. Os indivíduos que morrem não aparecem", disse a advogada Fernanda Vieira do Centro de Assessoria Jurídica Popular Mariana Criola.

 

Cruzes brancas colocadas em parte da calçada representam vítimas da violência carioca

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(Com Agência Brasil)

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