
09 de setembro de 2010 | 00h00
"Vamos para a rua fazer o enfrentamento. Vamos ganhar estas eleições, porque Minas Gerais é um Estado muito importante para o Brasil e pode fazer muito mais se trabalhar junto com o governo federal", conclamou Lula, perante um público estimado em 5 mil pessoas.
Confiante na vitória de Dilma, a campanha de Costa procura "nacionalizar" a disputa estadual. A coligação liderada por PT e PMDB recorreu a Lula como forma de confrontar a popularidade do ex-governador Aécio (PSDB) no Estado. A tática de federalizar a eleição em Minas tem também como objetivo combater o chamado "Dilmasia" - o apoio simultâneo a Dilma e ao candidato tucano ao governo do Estado, Antônio Anastasia. Após o início do horário eleitoral no rádio e na TV, vinculado à imagem de Aécio, Anastasia assumiu rapidamente uma curva ascendente e conseguiu reverter uma desvantagem de mais de 20 pontos porcentuais nas intenções de voto, chegando ao empate técnico com Costa, segundo a última pesquisa Ibope.
Lula evitou ataques a Aécio e Anastasia, mas acusou o Estado de não investir o porcentual mínimo exigido na saúde conforme a Emenda 29.
"Quando a gente queria votar a Emenda 29 e obrigar todos os Estados a cumprirem a Constituição e colocarem 12% da sua arrecadação na saúde, este Estado aqui não colocava 12% na saúde. Colocava 6%. Isso as pessoas precisam saber", discursou o presidente. Citou também números de beneficiados em Minas com programas federais como o ProUni e o Bolsa-Família e investimentos federais. "Quanto de dinheiro eles gastaram com os pobres neste Estado?", questionou. "Pobre para eles só tem valor em época de eleição."
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