PUBLICIDADE

Em missa dos 50 anos, Arcebipo critica crise e fala em 'traição' dos políticos

Dom João Braz de Avis pediu ainda a aprovação do projeto ficha-limpa pelo Congresso

Foto do author Redação
Por Redação
Atualização:

Na missa de comemoração dos 50 anos de Brasília, o Arcebispo da cidade, Dom João Braz de Avis, aproveitou a presença das principais lideranças políticas locais para criticar a crise instalada no Distrito Federal por causa do "mensalão do DEM". Ele pediu ainda a aprovação do projeto "ficha-limpa" pelo Congresso.

 

Veja também:

 

PUBLICIDADE

No altar, no espaço dedicado às autoridades, estavam o governador recém-eleito, Rogério Rosso, o ex-governador Joaquim Roriz, o ex-vice-governador Paulo Octávio, e o deputado e ex-governador Wilson Lima, todos personagens principais do escândalo político que toma conta de Brasília desde novembro. Só faltou o governador cassado, José Roberto Arruda.

 

A missa ocorreu na virada da noite de terça para quarta-feira em plena Esplanada dos Ministérios. Em discurso, perto da meia-noite, o Arcebispo tocou no assunto que incomodou os políticos presentes. "Cresceram em Brasília e na Igreja contradições e problemas que geraram crises agudas. Assim é a crise política que hoje a capital vive", disse Dom João. "Fazer de conta que a cultura política atual, exercida por grande parte de nossos homens e mulheres públicos, deve se perpetuar, é trair os melhores ideais constitucionais e religiosos", afirmou chefe da Igreja Católica no DF.

 

Ele ainda aproveitou para falar da pobreza. "As populações de outras regiões administrativas apresentam uma profunda desigualdade social. E, por isso, o Jubileu de Ouro que agora vivemos é um apelo de renovação das pessoas e da sociedade", ressaltou. "Este é o momento favorável para os representantes do povo brasileiro acolherem com coragem e responsabilidade o apelo de 1,6 milhão de brasileiros que assinaram o projeto ficha-limpa", afirmou. Essa proposta, em debate na Câmara dos Deputados, pode proibir políticos condenados pela Justiça de disputarem eleições.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.