Em pleno inverno, São Paulo registra 30,2 graus

Em pleno inverno, desde 21 de junho, São Paulo tem apresentado temperaturas de verão e clima seco devido a presença de uma massa de ar quente sobre as regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste do País

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Por Agencia Estado
Atualização:

A cidade de São Paulo registrou nesta segunda-feira 30,2 graus, a maior temperatura no mês de julho desde 1943, quando as medições começaram a ser feitas pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) no Mirante de Santana na zona norte de São Paulo, de acordo com o meteorologista André Madeira, da Climatempo. No domingo, a temperatura chegou a 28,5 graus. Em pleno inverno, desde 21 de junho, São Paulo tem apresentado temperaturas de verão e clima seco. No domingo, a umidade do ar chegou a 19% no Aeroporto de Congonhas, na zona sul de São Paulo. Abaixo de 20% já é considerado estado de alerta pela Organização Mundial da Saúde (OMS). De acordo com Madeira, a umidade do ar deve continuar baixa até a próxima quinta-feira, 27, em São Paulo, onde não chove desde 11 de julho, devido a uma forte massa de ar seco, que dificulta a entrada de frentes frias. Na capital, nesta terça, 25, a temperatura ficará entre 13 e 30 graus, índice que deve se manter durante toda a semana. Somente a partir de sexta-feira, 28, a chegada de uma frente fria vai conseguir furar o bloqueio da massa de ar seco e trazer chuva e baixas temperaturas a todo o Estado. O ar também deve se manter seco durante esta semana em Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e no Tocantins, com valores entre 20 e 30%. Na região sul, a massa de ar seco começou a perder força, abrindo espaço para uma frente fria, que provoca chuva já nesta segunda-feira no Paraná e em Santa Catarina. As temperaturas caem também no Rio Grande do Sul. Madeira destacou que embora seja comum um clima mais seco no inverno, este ano a situação tem se prolongado por vários dias. Cuidados com o clima seco De acordo com a Secretaria Nacional de Defesa Civil (Sedec), em dias de ar seco, comuns no inverno, é desaconselhável a prática de atividades ao ar livre e exposição ao sol entre as 10 e 17 horas, especialmente entre as 14 e 16 horas, período do dia em que a umidade do ar fica mais baixa. As pessoas também devem ingerir bastante líquido para evitar problemas de desidratação. Além disso, o tempo seco aumenta o risco de incêndios florestais. Por isso, é recomendável que a população não faça fogueiras nas proximidades de matas e florestas. Os motoristas que trafegarem por regiões sujeitas a incêndios deverão ter atenção redobrada devido à visibilidade reduzida pela fumaça e também evitarem jogar pontas de cigarros para fora dos veículos. Inversão térmica Uma situação comum no inverno é a inversão térmica em baixa altitude, já que, nessa época, é comum a camada de ar frio se formar numa distância de apenas 200 metros do chão, seguida por outra camada de ar quente que, como uma tampa, dificulta a dispersão dos poluentes sobre os grandes centros urbanos. A concentração dos poluentes pode provocar tonturas, náuseas, dor de cabeça e irritação nos olhos. Uma dica é umedecer o ar da casa, deixando vasilhas, toalhas ou roupas úmidas em alguns cômodos. Tapetes, ursos de pelúcia e cortinas devem ficar em local arejado para evitar o acumulo de poeira e o ar condicionado deve ser evitado pois resseca ainda mais o ar.

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