Em São Paulo, patrocínio é que provoca polêmica

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Por Valéria França
Atualização:

Quem estiver assistindo ao desfile de hoje à noite vai perceber que este ano quem dá o tom do carnaval em São Paulo é o patrocinador. Dispostas a fechar bons negócios, as escolas partiram para uma espécie de vale-tudo. Desenvolveram até sambas-enredos mais fáceis de serem comercializados, com temas que vão da história do cabelo ao do perfume. Sexta escola da noite de hoje, a Rosas de Ouro entra no Sambódromo com o samba-enredo Rosaessência - O Eterno Aroma Azul, Rosa e Branco. "Hoje, lançamos um perfume especialmente desenvolvido para a escola", explica Angelina Basílio, presidente da Rosas de Ouro. "Fechamos com mais de 20 parceiros, entre eles, a Natura." Durante o desfile, serão distribuídos brindes, de sachês a rosas. Apesar de falar sobre a economia paulistana, a Tom Maior deu um jeitinho de montar uma ala com fantasias de cotonetes, entre outros utensílios de higiene, que garantiram o patrocínio da Johnson & Johnson. Mas teve escola que se deu mal, caso da Acadêmicos do Tucuruvi, que gastou R$ 1 milhão para contar a história do sorvete e ficou na mão. "A Associação Brasileira das Indústrias de Sorvetes (Abis) se comprometeu, mas não compareceu", diz o presidente da escola, Hussein Abdo el Selan. A Abis promete distribuir 20 mil picolés na porta do Sambódromo. Selan dispensa: "Querem se promover às nossas custas."

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