15 de abril de 2011 | 00h00
Só no PSDB, há seis deputados interessados em integrar a Comissão de Transportes - o partido deve ter apenas três assentos no órgão. Já o PT encontrou outra forma de equalizar a disputa interna: os deputados do partido deverão ocupar suas vagas na comissão por apenas um ano, abrindo lugar para um colega no ano seguinte. Tradicionalmente, as comissões na Assembleia mantêm a mesma formação por dois anos.
A briga pela formação das comissões, no entanto, não se resume à de Transportes. O PT, com a maior bancada, afirma ter direito a três assentos em cada comissão. Mas o PSDB não está disposto a atender à reivindicação. "Estou pleiteando três vagas para o PSDB em nove comissões", afirma o líder tucano na Assembleia, Orlando Morando.
As comissões com maior poder de influência são as de Constituição e Justiça, Finanças, Transportes e Segurança Pública. O PT, contudo, reconhece que não deve ter o comando de nenhuma delas.
Prazo. Embora o regimento interno da Assembleia determine que as comissões devem ser formadas em até duas semanas após o início da legislatura, muitos partidos - entre eles o PSDB - sequer apresentaram sua lista de nomes para os órgãos. Como há conflito de interesse entre as bancadas, caberá ao presidente da Assembleia, Barros Munhoz (PSDB), bater o martelo. Munhoz, no entanto, está afastado por ter quebrado o nariz em um pequeno acidente nesta semana. A licença deve adiar ainda mais a formação das comissões.
A Assembleia tem funcionado em ritmo letárgico nas duas últimas semanas. Desde que aprovou, há mais de 15 dias, uma mudança no regimento interno para dobrar o número de assessores nos gabinetes dos deputados, nenhum outro projeto foi votado na Casa.
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