Em um ano, 9 t de cocaína

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Por Alexandre Rodrigues
Atualização:

A demanda anual dos usuários no Rio é de 90 toneladas de maconha. Traficantes cariocas também vendem quase 9 toneladas de cocaína e pouco mais de 4 toneladas de crack por ano. O porcentual de cariocas que usam maconha pelo menos uma vez por mês é estimado em 4% na faixa etária de 18 a 24 anos, 3,17% entre 25 e 34 e 1,24% entre os maiores de 35. Embora a maconha responda por 20% do mercado de drogas, dados da Secretaria de Fazenda indicam que a cocaína dá mais lucro ao ser vendida por até três vezes mais do que o pago aos fornecedores. O esforço dos pesquisadores foi para superar com metodologia estimativas geralmente feitas sobre a economia do tráfico sem qualquer parâmetro. Mesmo assim, registram a dificuldade de estimar, por exemplo, custos da força de trabalho. Com dados da Polícia Civil, estimam que 1,5% dos moradores de favelas no Rio está envolvido diretamente na economia da droga. Seriam 16.300 pessoas, cujos rendimentos somariam R$ 158,7 milhões no ano, com média salarial de 1 a 3 salários mínimos. Não há dados sobre ganhos de chefes e associados fora das favelas. O trabalho ainda cita diversificação de negócios, como exploração de TV a cabo pirata, como sinal da decadência do mercado de drogas, afetado pela queda do poder aquisitivo da população mais rica e deslocamento do consumo a classes populares.

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