Em vez de um apagão, um ?secão? em São Paulo Rio, e Minas

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Por Agencia Estado
Atualização:

A estiagem que atinge a Bacia do Alto Tietê e ameaça São Paulo com o racionamento de água pode causar os mesmos efeitos no Rio de Janeiro. É o que alerta o Conselho para Integração da Bacia Hidrográfica do Rio Paraíba do Sul (Ceivap). De acordo com o presidente da entidade, o prefeito de Resende (RJ) Eduardo Meohas, a média do nível de armazenamento dos quatro reservatórios da bacia do Rio Paraíba do Sul, responsável pelo abastecimento de cidades nos estados do Rio, São Paulo e Minas Gerais, é o mais baixo de todos os tempos durante a estação chuvosa: 27% da capacidade. A situação mais grave está no reservatório da cidade de Paraibuna (SP), onde a água atinge somente 22% o total. No mesmo período do ano passado, em que a situação já tinha sido considerada grave, o nível era 30% maior. Apesar de toda a chuva que se viu na cidade de São Paulo na última semana, não chove na cabeceira do Rio Paraíba, próxima à bacia do Alto Tietê, na cidade paulista de Paraibuna. ?Está chovendo no lugar errado. Se não chover na cabeceira do Paraíba, teremos racionamento no Rio no fim deste ano. O Rio vai ser São Paulo amanhã?, compara Meohas. Na próxima quinta, Meohas se encontra com prefeitos do Rio, de Minas e de São Paulo para discutir medidas para evitar o racionamento. A necessidade de armazenar água no verão vem da queda natural do volume nos reservatórios durante a estiagem. A média histórica que era superior a 40% vem caindo e atingiu o nível mais baixo em setembro do ano passado: 13,5%. ?A tendência é cair este ano para menos de 10%. Se isso acontecer, teremos de fechar as torneiras e iniciar o racionamento. Se isso acontecer, afetará não só as residências, mas também as empresas. Em vez de apagão, teremos um secão, com conseqüências graves para a economia do estado. Sem falar que não pode haver Pan em 2007 numa cidade sem água?, adverte o prefeito.

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