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Empresa responsável: construtora contrata internos da Febem

Por Agencia Estado
Atualização:

Dez internos da unidade de internação da Fundação Estadual para o Bem-Estar do Menor (Febem) de Ribeirão Preto estão trabalhando como auxiliares para a Cima, uma empresa privada que está construindo outras duas unidades da entidade. Cada adolescente ganhará R$ 240,00 mensais, por jornadas de quatro a cinco horas diárias e terão registro em Carteira de Trabalho. Quem não faltar ao trabalho ainda ganhará uma cesta básica para auxiliar os familiares. Esse projeto é inédito no Estado e a direção da unidade pretende ampliá-lo na cidade. "Temos entre 40 e 50 adolescentes em condições de fazer vários trabalhos, não só na construção civil, mas dependemos da predisposição de outras empresas em abrir vagas para os menores", disse o diretor da Febem, em Ribeirão Preto, Eduardo Luiz Vianna Gonçalves. Os dez internos executam serviços como auxiliares (sempre nessa condição) de escritório, almoxarifado, eletricista, encanamento e hidráulica e de serventes de pedreiros. Dos dez internos que trabalham, apreendidos por crimes como roubo e homicídio, três têm 16 anos, quatro estão com 17 e três têm 18. Segundo Gonçalves, as construções das duas unidades, que terão capacidade para 72 internos cada uma (e abrigarão os atuais 140 da unidade antiga, que deverá ter outra destinação), devem terminar entre agosto e setembro, mas a Cima já venceu a licitação para construir uma terceira unidade, nos mesmos 14 alqueires da propriedade, e os serviços devem se estender até o final do ano. Gonçalves acrescenta que os adolescentes vão receber, ao final do trabalho, que não deve ser penoso e, sim, quase profissionalizante (com um instrutor acompanhando-os), um certificado de aprendizado, que poderão ajudá-los no futuro. "Essa é uma etapa do processo de ressocialização", diz o diretor da Febem. Ele lembra que a unidade tem oficinas profissionalizantes e atividades pedagógicas, inclusive com aulas do ensino médiio, básico e fundamental. Segundo Gonçalves, empresas de reciclagem e de fitoterapia já se interessaram em abrir vagas para os menores. "A Febem está aberta para parcerias no processo educativo, pois, sozinha, não conseguirá fazê-lo", emenda ele. "Os menores precisam de condições para voltar à sociedade.

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