Empresária é denunciada por vender emagrecedores proibidos

Os emagrecedores eram comercializados como se fossem 100% naturais pela internet e por telefone para o exterior

PUBLICIDADE

Por Agencia Estado
Atualização:

A empresária Claudina Rodrigues Bonfim, dona do Laboratório Fitoterápico ´A Cura´, em Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte, foi indiciada nesta terça pela Polícia Federal (PF) por tráfico de drogas e fabricação e venda de medicamentos sem autorização. O laboratório comercializava os controladores de apetite Emagrece Sim e Herbathin, que foram proibidos nos Estados Unidos e não tinha autorização Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para serem vendidos no País. O laboratório foi interditado há cerca de dois meses. Os emagrecedores eram comercializados como se fossem 100% naturais pela internet e por telefone para o exterior. Porém, um estudo da agência americana que regula alimentos e remédios, a FDA, apontou nas fórmulas a presença de anfetaminas e tranqüilizantes, o que demandaria a apresentação obrigatória de prescrição médica para a compra. Uma perícia feita pela Fundação Ezequiel Dias (Funed) também detectou a presença de substâncias entorpecentes nos emagrecedores. Em cumprimento a mandados de busca e apreensão, representantes do Ministério Público encontraram indícios de que os produtos estariam sendo vendidos em alguns Estados do País. No seu depoimento na sede da PF, na capital mineira, Claudina Bonfim confirmou que exportava os emagrecedores, mas negou o uso das substâncias entorpecentes. Ela afirmou que o Emagrece Sim continha aminoácidos, diuréticos e hormônios não declarados na fórmula. O delegado Alexandre Leão destacou que as substâncias contidas nos medicamentos são consideradas drogas ilícitas, pois causam dependência física ou psíquica. A empresária responde ao inquérito em liberdade. Ela e seu advogado não foram localizados.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.