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Empresária seqüestrada no Paraná é libertada

Crime foi comandado de dentro da penitenciária de Assis por membro do PCC

Por Agencia Estado
Atualização:

A polícia paranaense conseguiu a libertação, na segunda-feira, 13, da empresária Samia El Kadri, de 34 anos, moradora de Londrina que estava seqüestrada desde o dia 8. Segundo a polícia, o seqüestro foi comandado de dentro da penitenciária de Assis (SP), via telefone celular, por Jefferson Elifas da Silva Sanches, de 28 anos, conhecido por Latrô. Preso por roubo e latrocínio, ele seria um dos líderes do Primeiro Comando da Capital (PCC). O resgate não foi pago, mas a polícia acredita que a intenção seria usar parte do dinheiro para financiar a facção criminosa Ela foi levada por três pessoas armadas quando deixava a loja de calçados que tem em Ibiporã, cidade vizinha a Londrina, e se dirigia para casa. Logo depois, a família recebeu o primeiro telefonema pedindo resgate. A polícia foi avisada e começou a trabalhar no caso, descobrindo que as ordens vinham de Sanches. Na segunda, quando as investigações estavam adiantadas, inclusive em relação à localização do cativeiro, houve uma informação de que um dedo da empresária seria cortado caso o resgate não fosse pago naquele dia. O comandante das ações foi, então, trazido de Assis para Londrina. "Diante do risco, demos a ordem para que Sanches ordenasse que ela fosse imediatamente liberada", disse o delegado-chefe do Grupo Integrado de Grupos de Repressão Especial (Tigre), Riad Farhat. Duas pessoas que estavam no cativeiro conseguiram fugir, mas outras duas mulheres - Érika Maria Miguel e Leandra Mariano dos Santos - foram presas. Elas são acusadas de fazerem os contatos com a família da empresária. A polícia acredita que haja, no mínimo, mais cinco pessoas envolvidas nessa ação criminosa. A empresária, que foi mantida durante os cinco dias em barracas de acampamento no meio de uma mata na região sul de Londrina, foi libertada em uma rua próxima ao quartel do 5º. Batalhão da Polícia Militar. Ela apresentava escoriações e estava debilitada, em razão de não ter tomado água e se alimentado de forma precária. Segundo a polícia, Sanches esteve envolvido no seqüestro de outra empresária e de sua empregada, em Sertanópolis, também na região de Londrina, em janeiro deste ano. Ela foi libertada igualmente sem pagamento de resgate. Condenado no Paraná e em São Paulo, Sanches está há um ano e quatro meses em Assis.

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