Empresário não reconheceu assassinos de prefeito

PUBLICIDADE

Por Agencia Estado
Atualização:

O empresário Sérgio Gomes da Silva, que estava com o prefeito de Santo André Celso Daniel (PT) na noite de 18 de janeiro, quando ele foi seqüestrado, não reconheceu por fotografia os ladrões que confessaram o seqüestro e a morte do político. Silva esteve no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), às 11 horas desta segunda-feira, acompanhado do deputado federal Luís Eduardo Greenhalgh (PT). Afirmou que "estava muito escuro naquela noite" e não havia condição de dizer se foram aqueles os homens que deram vários tiros na Pajero que dirigia e levaram Celso Daniel. O seqüestro aconteceu pouco tempo depois da saída de Silva e do prefeito de um restaurante na zona sul de São Paulo, onde tinham jantado. Celso Daniel foi assassinado a tiros dois dias após o seqüestro em Juquitiba, Grande São Paulo, quando os ladrões souberam quem ele era. Silva viu as fotos de L.S.N., de 17, que confessou ter atirado no prefeito, Manuel Dantas de Santana Filho, o Cabeção, Itamar Messias dos Santos, Rodolfo Rodrigues dos Santos, o Bozinho, José Edson da Silva, Marcos Bispo dos Santos, Andreílson dos Santos Oliveira, o Cara Seca, Deivid Barbosa, Ivan Rodrigues, o Monstro, o chefe do grupo, Mauro Sérgio Santos Souza, Juscelino da Costa Barros, Deivison Cristiano de Souza e Elcyd de Oliveira Brito, o John. Itamar e Bozinho teriam tiraram Celso Daniel da Pajero. O prefeito, segundo Itamar, abriu a porta, enquanto Silva, ao volante, não obedeceu. Em seu depoimento, Itamar detalhou a abordagem. "Decidimos parar a Pajero porque era um carro importado. Pensamos que daria um bom dinheiro", disse. "A Cherokee que a gente estava, dirigida pelo John, fechou a Pajero. Na batida, a porta da Cherokee abriu e caí no meio da rua. Achei que ia ser atropelado pela Pajero, mas o Bozinho deu um tiro no pneu e o carro parou. Fiquei nervoso e dei uma rajada na direção da Pajero", afirmou. Itamar declarou ainda que Silva também seria levado, e, como não abriu a porta, foi deixado. "Levamos o homem para a favela (Pantanal), onde o revistamos. Eu e o Bozinho pegamos dele R$ 50 cada um e fomos embora. O homem ficou lá e só pedia calma. Não disse quem era." O inquérito com sete volumes e 120 pessoas ouvidas será encaminhado pelo DHPP para a Justiça na quarta-feira.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.