Empresário rural de Cascavel é acusado de matar policial federal

Crime teria acontecido após desentendimento em casa noturna; empresário vai responder por homicídio qualificado

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Por Evandro Fadel
Atualização:

CURITIBA - O empresário rural de Cascavel Alessandro Meneghel, ex-presidente da Sociedade Rural do Oeste (SRO), foi preso na manhã de ontem (14), sob acusação de ter matado o policial federal Alexandre Drummond Barbosa, de 36 anos, por volta das 3h30 da madrugada. De acordo com as informações, os dois teriam se desentendido em uma casa noturna. Mais tarde, Meneghel teria chegado em um carro e atirado contra o policial que estava na calçada. Ele deve responder por homicídio qualificado.

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Meneghel foi ouvido pela manhã na Polícia Federal e depois encaminhado à Delegacia de Homicídios de Cascavel para novo depoimento. Ele fugiu do local do crime em uma caminhonete, mas foi encontrado mais tarde em uma propriedade rural. Pelas informações, no momento em que foi abordado por policiais federais, estava indo para a delegacia em companhia de um advogado e levando uma espingarda calibre 12 e uma pistola calibre 380, que teriam sido usadas no crime.

O policial, que estava de folga, chegou a receber atendimento no local, mas morreu quando era encaminhado para o hospital. Ele estava na Polícia Federal em Cascavel desde a inauguração da delegacia em 2006. Em seu corpo foram encontrados vários estilhaços de bala. Segundo o delegado Luiz Sodré, da Homicídios, as balas partiram das armas que estavam com o acusado. A arma que estava com o policial morto foi entregue à Delegacia de Homicídios, assim como computadores com imagens do circuito interno da casa noturna.

Meneghel já esteve preso por cerca de três meses em 2009 em Toledo, também na região oeste do Paraná, sob acusação de porte ilegal de arma. Ao ser abordado na ocasião, ele tinha em seu carro um rifle e uma pistola. Em 2007, ele foi indiciado pelo Ministério Público por formação de quadrilha ou bando armado sob alegação de defesa de propriedades rurais da região contra invasões. Ele também teria ligações com seguranças que mataram o sem-terra Valmir Mota de Oliveira, o Keno, durante invasão da antiga fazenda da Syngenta em Santa Tereza do Oeste.

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