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Empresas só admitem parte da responsabilidade

Por Bruno Tavares
Atualização:

O Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (Snea) até reconhece parte de responsabilidade das empresas pelo elevado índice de atrasos nos vôos do País, mas atribui o problema à desatualização dos horários das autorizações de vôo. Conhecido como hotran, o documento especifica os horários de partidas e chegadas dos vôos baseado em médias históricas que, segundo o Snea, tornaram-se irreais. "No passado, a ponte aérea durava 45 minutos. Só que hoje, por uma série de fatores que vão do tamanho das pistas de taxiamento até a falta de controladores, a viagem dura pelo menos uma hora", exemplifica o diretor de Segurança de Vôo do sindicato, Ronaldo Jenkins. "Como as empresas não conseguem cumprir mais essas metas, dá a impressão de que seus vôos estão sempre atrasados." Segundo Jenkins, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e as empresas aéreas já estão atualizando os horários para que as hotrans saiam de acordo com as novas estimativas de tempo das viagens. Na avaliação do diretor do Snea, contribuiu para os atrasos de fim de ano o redesenho da malha aérea. "O governo e as autoridades aeronáuticas mudaram as regras no meio do caminho e fomos obrigado a mudar as malhas duas vezes às vésperas do período de alta temporada", argumenta Jenkins. "Leva um tempo para que as empresas possam se adequar."

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