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Encerrada greve de fome realizada por detentos do PCC

A decisão de abandonar a greve de fome partiu dos próprios detentos

Por Agencia Estado
Atualização:

Depois de 13 dias, 40 detentos do Primeiro Comando da Capital (PCC) encerraram, na tarde deste sábado, a greve de fome no Centro de Readaptação Penitenciária (CRP) de Presidente Bernardes, no Oeste do Estado. Os presos protestavam contra o Regime Disciplinar Diferenciado (RDD) e ações de controle da segurança adotadas pela Secretaria de Administração Penitenciária (SAP). Neste sábado, todos eles, incluindo Marcos Camacho, o Marcola, apontado como principal líder da facção, aceitaram o jantar, encerrando o movimento. De acordo com José Reinaldo Santos, da Coordenadoria dos Presídios do Oeste Paulista, uma equipe de médicos e enfermeiros estava preparada para atender os detentos. Segundo ele, junto com o jantar, os presos receberam frascos de soro para ser ingeridos via oral, com exceção de cinco deles, mais debilitados fisicamente, que foram levados para a enfermaria do CRP e receberam soro e medicação. A decisão de abandonar a greve de fome partiu dos próprios detentos, que já na hora do almoço começaram a gritar, uns para os outros, que desistiram da greve porque o movimento "não estava levando a nada". No início da greve, que começou dia 6 de novembro, os detentos afirmaram que o movimento iria durar 30 dias no CRP e por mais de 30 dias na Penitenciária 2 de Presidente Venceslau e que depois disso, caso o governo não atendesse suas reivindicações - afrouxar as regras de controle e aumentar a ventilação das celas, começariam a matar agentes penitenciários. Nos dias 8 e 9 de novembro, a SAP instalou quatro exaustores eólicos nos pavilhões onde ficavam as celas dos presos em greve.

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