Encontro Internacional de RPG reúne mais de 15 mil em 3 dias

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Por Agencia Estado
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O 10º Encontro Internacional de RPG, que foi realizado neste fim de semana, no Mart Center, na zona norte de São Paulo, reuniu mais de 15 mil pessoas em três dias. Segundo os organizadores, este é o segundo maior evento de RPG do mundo e fica atrás apenas do encontro internacional de Wisconsin, nos Estados Unidos, que concentra cerca de 30 mil fãs do jogo. O Roleplaying Game ou Jogo de Representação surgiu em 1974, quando dois professores americanos aficionados por jogos de estratégia, Dave Arneson e Gary Gigax, eliminaram os tabuleiros para criar algo mais interativo. A primeira história de RPG criada pela dupla foi Dungeons & Dragons. Há quem acredite que Tolkien, autor de O Senhor dos Anéis, foi uma referência a Arneson e Gigax. O jogo consiste em encontrar soluções para situações-problema expostas pelos chamados mestres, os narradores de uma história. Com base nas informações de enredo e personagens dados pelos mestres, os ouvintes interpretam e decidem o rumo que darão para a aventura. "É uma criação coletiva", explica um dos organizadores do evento, Douglas Quintana Reis. Os amigos Tiago Germano, de 24 anos, Carlyle Santi, de 29, Cristian Simons e Marcelo Napoli, de 26, partiram de Curitiba à meia-noite da quinta-feira para chegar a São Paulo a tempo de participar da reunião. Eles conheceram o RPG há dez anos e não conseguem abandonar o hábito. "Depois que você começa a jogar, não tem mais volta", diz Marcelo Napoli. Santi colocou até os seus dois filhos, Eduardo e Lucas, de 9 e 8 anos, para brincar. Os fãs de RPG não se sentem abalados com a má reputação que o jogo ganhou após o assassinato da estudante Aline Soares, de 18 anos, em outubro de 2001, que pode ter ocorrido por causa de um jogo. "Não houve conclusão do caso", diz Douglas Reis. Os curitibanos também alertam que foi um caso isolado. "Maluco há em todos os lugares", afirma Marcelo Napoli. Há uma atividade paralela ao RPG chamada Live Action que atrai a curiosidade do público. Fantasiados, os participantes dessa modalidade encarnam seus personagens para criar uma espécie de teatro e desenvolver uma história. No Live Action não há um narrador. Marcos Vinícius de Siqueira, de 23 anos, e Bárbara Guelfi Alves, de 17, desfilavam suas fantasias sem constrangimento. "É muito divertido", diz Marcos. "Quando você está com uma fantasia, dá para esquecer tudo e só viver o personagem." Os dois são de Bauru, interior de São Paulo, e vieram à capital somente para o encontro de RPG.

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