Engenheiro é libertado depois de 13 dias de seqüestro

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Por Agencia Estado
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O engenheiro civil Paulo Sérgio Araújo Tibério, de 36 anos, foi libertado após ficar 13 dias em dois cativeiros no Jardim Laura, em São Bernardo do Campo, no ABC paulista. No primeiro cativeiro, um barraco, ele foi obrigado a ficar de pé, amarrado, por dois dias. E sem comer. O resgate foi pago pela família no km 18 da Rodovia dos Imigrantes. Ele foi libertado na Rodovia Índio Tibiriçá. O valor exato do resgate não foi divulgado. A família não quis falar. O delegado Marcelo Dias, da Divisão Anti-Seqüestro (DAS), disse que o pagamento foi inferior a R$ 200 mil. A exigência inicial foi de R$ 2 milhões. Como pressão, os bandidos enviaram à família uma fita em que Tibério aparece deitado numa cama e um seqüestrador, encapuzado, aponta-lhe um fuzil. Tibério foi seqüestrado no dia 26 de abril. Ele ia da construtora da família para casa. Foi dominado por três homens, que estavam num Vectra. Eles o levaram para o barraco na Avenida Laura, em São Bernardo do Campo. Com dois cômodos, o barraco foi construído numa viela de difícil acesso. Uma passagem de 40 centímetros de largura dá acesso ao local. Hoje, havia lá dentro uma cama, três imagens de santo e uma nota de mil cruzados no chão. Do barraco, Tibério foi transferido para uma casa de dois cômodos e banheiro, a 20 metros dali. Havia móveis, roupas e alimentos na casa. Tudo revirado. Um cartaz com propaganda do Dia das Mães, fixado num muro, e uma padaria como referência, ajudaram a polícia a estourar os dois cativeiros. Com medo, os vizinhos não dizem nada. "Não vi, não sei, não escutei e tenho raiva de quem sabe", disse um deles. Apenas um adolescente de 16 anos, que estava na rua, foi detido. A polícia acredita que o seqüestro teve a participação de seis bandidos.

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