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Envolvidos em morte de portugueses condenados a mais de 100 anos

Por Agencia Estado
Atualização:

Os envolvidos na chacina de seis empresários portugueses em Fortaleza, ano passado, foram condenados, cada um, a penas de mais de 100 anos de prisão. As sentenças foram divulgadas pela juíza da 4ª Vara Criminal, Roselene Facundo. O crime aconteceu em agosto de 2001, na barraca Vela Latina, Praia do Futuro. Todos os cinco acusados foram condenados por extorsão qualificada mediante violência. O português Luís Miguel Militão Guerreiro, autor intelectual do crime, foi condenado a 150 anos de prisão; o segurança Raimundo Martins, 132 anos; o cunhado de Guerreiro, Manoel Cavalcante, e outros dois seguranças Leonardo Sousa dos Santos e José Jurandir Pereira, pegaram pena de 120 anos, cada um. A juíza absolveu os réus pelos crimes de ocultação de cadáver e formação de quadrilha porque as vítimas, segundo os autos, foram enterradas vivas. Todos eles estavam presos desde o dia 24 de agosto na sede da Polícia Federal, e vão agora cumprir pena no Instituto Penal Paulo Sarasate (IPPS). Ainda cabe recurso, mas, mesmo com a apelação, deverão aguardar um novo julgamento no presídio. A Promotoria de Justiça havia pedido pena mínima de 133 anos e máxima de 201 anos para cada um dos acusados. Pelo Código Penal brasileiro, eles só podem ficar presos durante 30 anos. Os acusados estavam respondendo por seis crimes de latrocínio, seis ocultações de cadáver e formação de quadrilha, com dois agravantes: a crueldade com que mataram as vítimas e a surpresa, já que os empresários ficaram sem chances de defesa. O crime Em 12 de agosto de 2001, os portugueses Joaquim Pestana da Costa, Manoel Barros, Joaquim Martins, Joaquim Mendes, Antônio Rodrigues e Vítor Manuel Martins foram recebidos no aeroporto de Fortaleza por Luís Miguel Militão Guerreiro. Depois seguiram para a barraca Vela Latina, na Praia do Futuro. Os empresários foram obrigados a entregar dinheiro e cartões de crédito. Segundo a Polícia Federal, eles foram agredidos a pauladas, pedradas e tiros, e enterrados, ainda vivos, na cozinha da barraca pelos seguranças Manoel Cavalcante, Raimundo Martins Filho, Leonardo dos Santos e José Jurandir Ferreira. O português Luís Miguel Militão confessou a autoria intelectual do crime. No dia 24 de agosto, os corpos foram encontrados pela Polícia Federal.

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