Equipes de resgate chegam ao local do acidente

Militares tentam abrir clareira na mata para pouso de helicópteros; autoridades não confirmam haver sobreviventes

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Por Agencia Estado
Atualização:

Equipes de resgate chegaram no começo da tarde deste sábado, 30, à Fazenda Jarinã, entre os municípios de Matupá e Peixoto de Azevedo, na divisa entre o Pará e o Mato Grosso, onde foram localizados os destroços do Boeing 737-800 da Gol. O avião caiu a cerca de 200 km da fazenda, num local de mata fechada e rios de difícil acesso. Há informações não oficiais de que cinco das 155 pessoas a bordo teriam sobrevivido ao acidente. Índios teriam visto essas pessoas ainda vivas. Tentativas de desembarque com uso de pára-quedas e rapel não deram certo, segundo nota da Aeronáutica e da Agencia Nacional de Aviação (Anac). Dois militares chegaram ao solo e começaram a abrir uma clareira para pouso de helicópteros. O local fica perto da reserva indígena caiapó Capoto-Jarina, no Parque do Xingu. A Gol Linhas Aéreas, a Infraero e a Anac não confirmaram haver sobreviventes mas não desmentiram os relatos de testemunhas. Resgate A prefeita de Peixoto de Azevedo, Cleuseli Missassi Heller, disse em entrevista à Rádio Eldorado ter recebido informações de que haveria sobreviventes, mas não soube dizer quantos seriam. A prefeita admitiu que a cidade não tem condições de oferecer um tratamento adequado aos casos mais graves, mas que ambulâncias estavam de prontidão. O secretário de Segurança do Mato Grosso, Célio Wilson de Oliveira, informou que índios das aldeias Caiapó e Metutirê, que vivem na área próxima à queda do avião da Gol, dizem ter encontrado cinco sobreviventes. A informação teria sido repassada por rádio, das aldeias, mas era considerada "imprecisa" pelas autoridades e divergia dos relatos da equipe de resgate das Forças Armadas. De acordo com Oliveira, os corpos das vítimas estavam sendo levados para a Base Aérea da Serra do Cachimbo. Até o meio da tarde, naquele local, não haviam sido encontrados sobreviventes, mas não estava descartado que alguns deles já tenham sido efetivamente resgatados pelos índios. Operação Segundo o Departamento de Aviação Civil (DAC), equipes em aeronaves e cinco helicópteros do governo federal foram mobilizadas. Cem militares da Força Aérea Brasileira (FAB) e cinco investigadores especialistas em segurança de vôo da Anac foram para a área. Outras 200 pessoas também participam da operação de busca e resgate, que começaram na noite de sexta-feira, 29. A Base Aérea de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, enviou pára-quedistas do Esquadrão Pelicano na manhã deste sábado para o local do acidente. Segundo o assessor de imprensa da Aeronáutica em Mato Grosso do Sul, Paulo Cruz, a região perto da cidade de Peixoto Azevedo (MT) é a mesma do acidente ocorrido em 1989 com um Boeing da Varig. Acidente O Boeing 737-800 da Gol caiu depois de ser atingido de raspão por um jato Legacy, fabricado pela Embraer. O Legacy pousou em uma base aérea próxima. Entre os sete ocupantes do jato, ninguém ficou ferido. Já o Boeing, perdeu estabilidade e caiu, provavelmente de bico, segundo especialistas da Infraero. Os destroços da aeronave foram localizados por volta das 9 horas. As primeiras informações indicavam que não houve incêndio nem explosão, o que contribuiu para alimentar as esperanças de haver sobreviventes. O avião da Gol saiu de Manaus às 15h35 da tarde de sexta, rumo ao Rio de Janeiro com escala em Brasília. O Instituto Nacional de Pesquisas Especiais (Inpe), informou que no momento do acidente havia nuvens carregadas na região, que possivelmente provocaram pancadas de chuva e teriam atrapalhado a visibilidade. Matéria alterada às 16h30 para acréscimo e atualização de informações

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