Equipes de resgate começam a cansar

Missões dos militares chegam a durar 11 horas ininterruptas

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Por Emilio Sant'Anna e NATAL
Atualização:

A cada avião que retorna da área de buscas pelo voo 447 da Air France, desaparecido há quatro dias, fica claro que o cansaço começa a se abater sobre as equipes de resgate. As missões chegam a durar onze horas ininterruptas. Oficiais da Aeronáutica ouvidos pelo Estado revelaram que, nas missões iniciais, chegou a existir disputa entre os mais graduados para participar dos voos. "Depois que identificaram a poltrona e uma boia ao norte de Fernando de Noronha os (oficiais) de maior patente quiseram ir pra lá de qualquer forma", disse um tenente, que pediu para não ser identificado. "Eu mesmo não fui na primeira missão." Mesmo quando uma equipe faz uma localização de destroços da aeronave, não há garantias de que as equipes seguintes encontrarão o mesmo cenário. "É uma região muito grande e as correntes marítimas podem levar esse material para qualquer lado." Os pallets, material de suporte para bagagens, encontrados durante a manhã por uma equipe do SAR a bordo de um Hércules C 130, foi retirado do por um helicóptero Lynx, da Marinha, embarcado na Fragata Constituição. Outros aviões já haviam sobrevoado a região sem que nada fosse visto anteriormente. O material não pertencia ao avião da Air France O tempo dos militares em solo às vezes não chega a 12 horas. "É só o tempo de dormir", diz um sargento da FAB. Ele diz não acreditar que possam ser encontrados os corpos da vítima. "Como estavam em área de turbulências, é provável que o comandante tenha pedido para que todos colocassem os cintos."

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