14 de fevereiro de 2011 | 00h00
Henrique Eduardo Alves
LÍDER DO PMDB NA CÂMARA
O líder do PMDB na Câmara, deputado Henrique Eduardo Alves (RN), disse ontem ao Estado que espera apoio maciço dos seus colegas de partido à proposta de elevação do salário mínimo para R$ 545, que será votada na quarta-feira no Congresso. Reconhece, porém, que a adesão não será completa.
O que o sr. espera de seus colegas de partido na votação do aumento do salário mínimo?
Espero uma posição coerente de votar a favor de uma política que deu muitos votos ao PMDB durante as eleições. Emoções à parte, a política do salário mínimo adotada no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva deu certo.
Será difícil para o PMDB chegar à votação com uma posição coesa?
Respeitamos aqueles que acreditam que o salário deveria ser um pouco mais. Mas não podemos esquecer que a política de reajuste levará o mínimo para R$ 613 em janeiro do próximo ano. Não podemos ter a cada ano um mecanismo diferente de ajuste do salário. É natural que tenha dissidências, até porque alguns membros do partido votaram no Serra, que defendeu durante a campanha um salário de R$ 600.
O voto aberto pode coibir os dissidentes?
É bom que a votação seja aberta. Se alguém acha que é sustentável para o governo federal, para os Estados e municípios arcar com um salário maior, é preciso expor o seu ponto de vista e mostrar o que pensa. Respeito as naturais dissidências, mas espero uma defesa maciça do PMDB na votação desta semana.
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