Estácio termina desfile com comissão de frente desfalcada

Integrante da ala teve teve ser retirado após acidente e, para recompor a coreografia, outro integrante teve que ficar dentro da alegoria

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Por Agencia Estado
Atualização:

Primeira escola a desfilar na Marquês de Sapucaí, a Estácio de Sá fechou a sua passagem desfalcada de dois integrantes da comissão de frente. Com a saída de Jorge Alan de Lima Mansera, que desmaiou na pirâmide que compunha a alegoria, onde entrava para trocar de roupa, um outro componente foi retirado do desfile para recompor a coreografia. Apesar da chegar à praça da Apoteose com 13 dos 15 integrantes originais, o coreógrafo Tony Tara negou a retirada do 14º homem, que teria permanecido dentro da "Pirâmide", após o acidente. "Estou sem meu ponto eletrônico e não pude acompanhar o que acontecia lá dentro. Soube que estava muito calor e o Jorge Alan passou mal", disse o coreógrafo que veio à frente da comissão apresentando-a. Classificou de "excelente" a apresentação da Estácio de Sá e torce para não ser descontado pontos da agremiação, apesar de o acidente ter ocorrido em frente a primeira cabine julgadora do quesito. O passista precisou deixar o desfile e ser retirado por bombeiros. Houve correria para tirar o integrante, já que o carro continuava andando, e ele corria o risco de ser atropelado. Embora não tenha sofrido lesões mais sérias, o sambista foi levado ao Hospital Souza Aguiar. Além do acidente, a entrada do carro prendia a todo momento o chapéu dos componentes e dificultava as suas exibições. Apesar de repetir um samba-enredo que marcou época, o Tititi do Sapoti, de 1987, a vibração do público não foi tão grande quanto no desfile original, há 20 anos. Além do problema na comissão de frente, o calor prejudicou a evolução de outras alas, já que muitos componentes chegavam à dispersão muito aplaudidos, mas extenuados. Mais de 20 integrantes foram atendidos no posto médico do sambódromo. A escola entrou na avenida pedindo um minuto de silêncio em homenagem ao menino João Hélio Fernandes, assassinado no dia 7. Logo depois, a bateria do mestre Esteves levantou as arquibancadas. A carnavalesca Rosa Magalhães, que assinou o desfile de 1987, e agora está à frente da Imperatriz Leopoldinense, saiu num carro da Estácio: predominantemente cor-de-rosa, ele trazia crianças, que jogavam bolas para a platéia, numa alusão ao sapoti, fruta mexicana que, segundo a escola, deu origem ao chiclete tutti-frutti. Ao comentar o desempenho do enredo, em comparação com o de 20 anos, Rosa foi diplomática: ?É outra época. Mas acho que a animação foi a mesma.?

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