''Estamos cuidando de 2012'', avisa o vice-presidente

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Por Daiene Cardoso
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AGÊNCIA ESTADOO vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB), admitiu ontem que a prioridade do PMDB é a eleição municipal de 2012, mas que o partido buscará alianças com o PT onde for possível. "Vamos tentar sempre uma aliança PT-PMDB. Se não for possível no primeiro turno, no segundo turno", afirmou o vice-presidente, antes de proferir aula magna na Universidade Presbiteriana Mackenzie, na capital.De acordo com Temer, que se licenciou da presidência do PMDB, o candidato do partido para a Prefeitura de São Paulo deve ser mesmo o deputado federal Gabriel Chalita, que deixará o PSB para se filiar à sigla no início de junho. Ele descartou a possibilidade de Chalita ser vice numa chapa com o PT. Ter candidato próprio, enfatizou Temer, é prioridade do partido. "Estamos cuidando de 2012, onde queremos eleger o maior número de prefeitos", disse.Skaf. Questionado sobre a possibilidade de o PMDB paulista optar pela candidatura de Paulo Skaf, presidente da Fiesp - recém ingresso na sigla -, à Prefeitura, Temer apenas salientou que o empresário terá papel importante para formular as políticas econômicas a serem defendidas pelo PMDB nas campanhas eleitorais. "Ele (Skaf) terá um papel relevantíssimo na cúpula nacional do PMDB." Segundo o peemedebista, dependendo das circunstâncias políticas em 2014, Skaf poderá ser lançado pelo partido ao governo de São Paulo. "É um nome que pode ser preparado", afirmou.O evento de filiação de Skaf, na última quarta-feira, foi realizado em Brasília e contou com a presença da cúpula peemedebista. O fortalecimento do PMDB em São Paulo é estratégia crucial da legenda, articulada pelo próprio Temer, para o enfrentamento com o PT em várias outras cidades do País. Reforma política. Durante a aula magna na universidade, o vice-presidente debateu a reforma política. Temer voltou a defender a aprovação de uma proposta que cria um sistema misto de eleição, com voto em lista e voto majoritário. O PT é contra o voto majoritário, apelidado de "distritão". Michel Temer também concordou com a possibilidade de o voto distrital ser aprovado para municípios com mais de 200 mil habitantes. "Acho que a reforma política já amadureceu e que é provável aprová-la", disse, apesar do pessimismo em relação à votação de uma reforma no Congresso.

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