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Estudante é espancado por alunos de escola rival em SP

Por Agencia Estado
Atualização:

Vestir a camisa da escola. Esse foi o erro de Daniel S., de 15 anos, aluno do Mackenzie. O estudante foi espancado por cinco jovens, acompanhados por uma menina que usava a camiseta do colégio Nossa Senhora de Sion. Foi parar no hospital com fraturas no rosto, e o caso agora está sendo investigado pela polícia. A agressão aconteceu na quinta-feira. O que ocorreu com Daniel é mais um lance da rivalidade entre os estudantes das duas escolas, iniciada em 2004 após brigas em Higienópolis, região central de São Paulo, onde estão localizadas. Na quinta, Daniel e o amigo Leonardo, ambos do Mackenzie, foram ao Sion encontrar-se com um amigo. Mas um desencontro fez com que retornassem ao Mackenzie. Iam pela Avenida Higienópolis quando surgiram dois rapazes. "Eles começaram a mexer com a gente", disse Daniel. Os amigos estavam perto da esquina com a Rua Itacolomi quando o restante do grupo apareceu - três rapazes e a garota. "Disseram que se a gente desse R$ 50,00 deixariam a gente ir embora", afirmou Daniel. Mas logo viram que os dois jovens vestiam camisetas do Mackenzie. "Vocês são do Mackenzie, não é? Então vão apanhar." Foi quando Leonardo gritou para o amigo: "Corre!" Daniel não conseguiu fugir. Foi pego pelos agressores, que lhe deram chutes e socos. A surra só não foi pior porque um homem parou seu carro e gritou para que o grupo largasse o rapaz. "Eles disseram que estavam batendo em mim porque eu havia mexido com a menina, mas era mentira", disse Daniel. O rapaz foi levado pelo motorista até o Mackenzie e foi atendido no ambulatório da escola. De lá, o internaram no Hospital Sabará, onde passou por uma cirurgia plástica para reconstrução do nariz. "Eu agradeço a Deus a essa pessoa anônima que socorreu o Daniel e à direção de ensino do Mackenzie", afirmou Lucimili, mãe do estudante agredido. Os pais de Daniel e Leonardo procuraram a polícia e registraram queixa no 4º Distrito. A Agência Estado procurou nesta segunda a direção do colégio Sion, mas não conseguiu localizá-la. A Felipe, pai de Daniel, a direção da escola disse que os dois agressores identificados - a menina e um rapaz - são ex-alunos do Sion.

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