Estudante é seqüestrado em SP e libertado no Rio

Segundo a polícia, ao ser solta, depois de cerca de 24 horas, a vítima não sabia que havia saído do Estado, e acredita que foi seqüestrada por engano

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Por Agencia Estado
Atualização:

O estudante paulista Tadeu Silva de Andrade, de 21 anos, teve um início de Carnaval atribulado. Seqüestrado na sexta-feira, em frente a faculdade em que estuda, em Taboão da Serra, Grande São Paulo, ele foi libertado na noite de sábado em Araruama, no litoral fluminense. De acordo com a polícia, o jovem contou que foi obrigado a entrar num carro modelo Omega, de cor preta, por três homens armados. Segundo Tadeu, o bando que o seqüestrou chegou a fazer uma parada num hotel. Nesse local, ele teria presenciado o assassinato de um integrante da quadrilha, morto a tiros. O delegado José Januário de Freitas, titular da 118ª Delegacia de Polícia (DP), de Araruama, afirmou que o estudante relatou que há poucos dias havia sido ameaçado de morte em frente à faculdade por um desconhecido. Ainda não se sabe se o fato tem relação com o seqüestro. Tadeu afirmou aos policiais que ficou "várias horas" dentro do carro, e que permaneceu vendado. Ele foi libertado no quilômetro 37 da rodovia RJ-124, localizada na Região dos Lagos, e se dirigiu a um posto policial nas proximidades. Segundo a polícia, o estudante relatou que não sabia que estava em outro estado e acredita que foi seqüestrado por engano. Não houve pedido de resgate. O jovem disse que não tem condições de fazer a descrição física de nenhum dos seqüestradores, pois ficou muito nervoso no momento em que foi raptado. O delegado Freitas contou que a mãe de Tadeu, Alice Adelaide Silva de Andrade, fez contato com um grupo de amigos do estudante que está em Cabo Frio, também na Região dos Lagos. Os jovens ficaram incumbidos de buscar Tadeu. Alice é escrivã da polícia em São Paulo. Segundo Freitas, a mãe do estudante não acredita que o seqüestro possa ter alguma relação com o fato de ser policial, já que ela trabalha em um escritório e não faz operações na rua. "A gente vê de tudo na polícia, mas esse caso tem alguns fatos estranhos: o estudante foi libertado em frente a um posto policial; ele presenciou a morte de um dos integrantes do bando e seus amigos estavam hospedados num local próximo de onde foi libertado", afirmou Freitas. Segundo o delegado, as investigações deverão ser conduzidas em São Paulo, onde o seqüestro foi realizado. Tadeu recebeu uma guia para fazer um exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal (IML) em Araruama, mas até as 17 horas deste domingo isso não aconteceu. Texto ampliado às 119h47

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