Estudantes e PM se confrontam em São Paulo

Manifestação contra o aumento das tarifas começou no Teatro Municipal e terminou no Largo de Santa Cecília; um manifestante foi detido e 3 ficaram feridos

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Por Agencia Estado
Atualização:

O clima de tensão entre a Polícia Militar e os estudantes que têm protestado contra o aumento das tarifas do transporte de São Paulo provocou novo confronto ontem. Ele aconteceu no Largo do Paiçandu, pouco depois do início de uma marcha que saíra às 19 horas, da frente do Teatro Municipal: policiais lançaram bombas e estudantes atiraram pedras e paus. Três jovens ficaram feridos. Um carro da TV Globo foi depredado e um manifestante foi detido. Segundo a PM, o protesto reuniu 130 pessoas no início e depois, na Rua da Consolação, umas 300. De acordo com o Movimento Passe Livre, que organizou o ato, foram 700. A estudante Mayara Lombo Vivian, de 17 anos, foi atingida por uma bomba e sofreu fratura exposta no dedo anelar da mão esquerda - que ficou com a ponta pendurada. O confronto no Paiçandu durou 15 minutos. Segundo testemunhas, ele começou quando, na Avenida Rio Branco, policiais exigiram que os estudantes ficassem confinados no corredor de ônibus, para não atrapalhar o trânsito. Um deles desobedeceu a ordem e foi agredido por quatro PMs. Os estudantes reagiram atirando pedras e paus e os policiais usaram bombas de efeito moral e de gás lacrimogêneo. A passeata prosseguiu. Da Ipiranga, os estudantes foram para a Consolação, interditada por 15 minutos, às 20h30. Depois, seguiram para o Largo de Santa Cecília, onde encerraram o ato. O alvo da violência ali foi um carro da Globo, depredado por um manifestante. Distante da passeata desde o Paiçandu, a polícia só acompanhou a cena. Nos registros da PM, não está a menina ferida e o rapaz agredido foi apenas ?contido?. Um manifestante foi levado ao 3º Distrito. Às 22h30, policiais civis estiveram no largo atrás do rapaz que atingiu o carro da Globo, mas ninguém foi preso.

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