Estudantes protestam contra aumento de ônibus em Maceió

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Por Agencia Estado
Atualização:

Cerca de 2 mil estudantes secundaristas e universitários voltaram nesta quinta-feira às ruas de Maceió para o quarto protesto em menos de duas semanas contra o aumento da passagem de ônibus, de R$ 0,85 para 1 real, aprovado esta semana pelo Conselho Municipal de Trânsito. A manifestação foi reprimida pela Polícia Militar e pela Guarda Municipal, deixando um saldo de sete pessoas feridas, cinco estudantes presos, três ônibus depredados e várias vidraças de prédios públicos quebradas. Entre os feridos estão cinco estudantes e duas professoras, que foram atingidas por pedras, durante a manifestação em frente à sede da Secretaria Estadual de Educação. Os estudantes presos - entre eles Bruno Fontan, tesoureiro do Diretório Central dos Estudantes da Universidade Federal de Alagoas (DCE/Ufal) - foram liberados à tarde, depois da ação dos advogados da Comissão de Direitos Humanos da OAB/Alagoas. A prefeita Kátia Born (PSB) responsabilizou o PT, o PC do B e o PSTU pela "baderna" e disse que não recuará do aumento. Segundo ela, o reajuste de 17% entra em vigor no próximo domingo (20). "Se eu fosse atender os empresários o aumento seria maior", disse. O governador Ronaldo Lessa (PSB) tachou de vandalismo as manifestações e disse que não vai permitir depredações do patrimônio público. A exemplo da prefeita, ele disse que os partidos de esquerda estão por trás das manifestações. Os estudantes ameaçam radicalizar o movimento se o aumento for sancionado. Durante a manifestação, eles invadiram o prédio da Secretaria Municipal de Finanças, onde pretendem ficar acampados até que a prefeita revogue o aumento. O presidente do DCE/Ufal, Antônio de Pádua Cabral, disse que 110 estudantes estão dentro da sede da Secretaria Municipal de Finanças. Eles estão recebendo alimentação do Sindicato dos Policias Civis (Sindpol), que apóia a luta contra o reajuste das passagens.

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