PUBLICIDADE

Estudantes protestam em frente ao prédio da Prefeitura de SP

Grupo, que pretendia ter uma audiência com o prefeito Gilberto Kassab, encerrou o protesto queimando um caixão para simbolizar o ´enterro´ do transporte público

Por Agencia Estado
Atualização:

Os cerca de 250 estudantes que realizavam um protesto contra o reajuste das tarifas dos transportes públicos desde a manhã desta terça-feira, 28, deixaram o Viaduto do Chá, na região central da capital paulista, por volta das 13 horas, onde se concentraram em frente ao prédio da Prefeitura de São Paulo. O grupo, que pretendia ter uma audiência com o prefeito Gilberto Kassab (PFL) para discutir sobre o aumento, encerrou o protesto queimando um caixão para simbolizar o ´enterro´ do transporte público. Também foram queimados caixões simbólicos com as fotos do prefeito e do governador de São Paulo, Cláudio Lembo (PFL). No final da manhã, Kassab havia descartado a possibilidade de receber os estudantes e afirmou que o reajuste da tarifa do ônibus entrará em vigor na quinta-feira, 30. Ele disse que é solidário às manifestações que vem sendo realizadas, concordou que o reajuste é alto, mas ressaltou que agiu conforme a planilha que foi apresentada pelas secretarias dos Transportes e Finanças. "Esse seria um valor mínimo para atender as necessidades das duas secretarias", declarou, durante inauguração de um telecentro na Vila Brasilândia, na zona norte. Os manifestantes, que protestavam com faixas, cartazes e gritando fases de ordem, foram acompanhados de perto por 138 policiais militares da Força Tática. Outros 150 homens da Tropa de Choque monitoraram o movimento à distância. Ao chegarem no prédio da Prefeitura, eles colocaram vários cartazes. Pelo menos 30 guardas civis metropolitanos reforçavam a segurança do prédio. A PM reforçou o efetivo de soldados para monitorar o protesto em razão dos incidentes ocorridos na última quinta-feira e que geraram grande tumulto no Parque Dom Pedro II, região central de São Paulo. A manifestação começou por volta das 9h55 desta terça-feira quando os estudantes se concentraram no vão livre do Museu de Arte de São Paulo (Masp). De lá, eles saíram em passeata pela Avenida Paulista, no sentido Paraíso, Avenida Brigadeiro Luís Antônio, Praça da Sé, ruas Boa Vista e Líbero Badaró e Viaduto do Chá, provocando congestionamento. O momento mais tenso foi durante a passagem pela Rua Boa Vista quando os estudantes chegaram a fechar totalmente a via. Os policiais tentaram liberar a rua e os estudantes iniciaram um princípio de tumulto. Não havia confirmação de feridos até as 14 horas. Para quarta-feira, 29, os estudantes prometem uma nova manifestação a partir das 10 horas, na Praça da Sé. Eles seguirão em caminhada até o Tribunal de Justiça onde deverão entregar uma representação do Ministério Público Estadual pedindo explicações dos governos municipal e estadual sobre o aumento das tarifas. A grupo também pretende entregar uma ação pública pedindo uma liminar para suspender os aumentos das tarifas dos ônibus, Metrô e trens que entram em vigor nesta quinta-feira, 30. Colaborou Christiano Panvechi Matéria alterada às 14 horas para acréscimo de informações

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.