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Estudantes que protestaram contra Marta negam ser do PSDB

Por Agencia Estado
Atualização:

Os estudantes que organizaram hoje um protesto contra a prefeita de São Paulo, Marta Suplicy (PT), negaram ter ligação com o PSDB, como ela afirmou, após os estudantes terem atirado contra ela uma galinha preta viva. Após a manifestação, realizada durante cerimônia em comemoração ao centenário do Centro Acadêmico XI de Agosto, na Faculdade de Direito do Largo São Francisco, Marta disse ter identificado que os estudantes pertencem a um núcleo organizado do PSDB. Eles negaram. O estudante Ernest Hellnuth, de 18 anos, aluno do primeiro ano de Direito, admitiu ter atirado a galinha na prefeita. Ele contou que o protesto foi planejado por ele e outros estudantes que integram o Partido Feudal, legenda que pretende disputar as eleições, em outubro próximo, para presidir o Centro Acadêmico XI de Agosto. Atualmente, o CA é presidido pelo Partido Ruptura. "Isso é uma mentira (que o protesto foi organizado pelo PSDB). Não sou ligado a partido político nenhum", afirmou ele. Hellnuth disse que os estudantes compraram quatro galinhas hoje de manhã no Mercado Municipal para realizar o protesto. Gastaram R$ 34. Uma delas foi doada no trajeto entre o Mercado e a Faculdade. As outras três entraram com os estudantes escondidas em uma mochila. Na hora da manifestação, optaram por jogar uma só: a preta. "A Marta é um caso que se resolve só com despacho", afirmou o estudante, acrescentando que a mascote do Partido Feudal é uma galinha branca. A galinha preta foi confiscada pelo segurança. As outras duas doadas a moradores de rua que circularam pela região central da cidade. Outro estudante, Pedro Wolanski, de 19 anos, aluno do segundo ano de Direito, comentou que a administração da petista "é pífia". E reiterou que os estudantes não estão ligados ao PSDB. "Não somos do PSDB. Estamos acima dos partidos nacionais e de suas ideologias", afirmou Pedro. Questionados se temiam ser punidos pela faculdade, um dos estudantes respondeu: "O PT joga torta em autoridades políticas de outros partidos. Não sei se eles têm direito de questionar a nossa atitude." Outro acrescentou: "Se o MST faz o que faz sem pena, por que nós seremos penalizados?"

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