Estudo aponta alta disparidade de gêneros na política

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Por Daniel Bramatti
Atualização:

Um estudo internacional sobre a desigualdade de gêneros, divulgado na última reunião do Fórum Econômico Mundial, mostra o Brasil em situação constrangedora quando se mede a participação das mulheres na política.Nesse quesito, o País ficou em 112º lugar, em um ranking com 134 integrantes. A má colocação se deveu, principalmente, à baixa proporção de parlamentares (9%) e de ministros (7%) do sexo feminino.No ranking geral, que leva em conta fatores como participação no mercado de trabalho, educação e saúde, o Brasil ficou em 85º lugar este ano. Em relação a 2009, houve uma pequena queda de quatro posições, principalmente em razão da melhora do quadro em outros países.Apesar de destacar a baixa participação das brasileiras nas esferas de poder do Legislativo e do Executivo, o estudo fez uma ressalva: "No momento em que esse relatório segue para impressão, o Brasil pode estar próximo de eleger sua primeira presidente do sexo feminino".De fato, a vitória da petista Dilma Rousseff deve fazer o país subir no ranking, dada a iniciativa da presidente eleita de ampliar o número de mulheres no primeiro escalão. Serão nove ministras - no governo de Luiz Inácio Lula da Silva houve um máximo de cinco mulheres, concomitantemente, nos cargos máximos da Esplanada dos Ministérios.Outro fator que puxou o Brasil para baixo no ranking do Fórum Econômico Mundial foi a disparidade salarial entre gêneros. De acordo com o estudo, as mulheres recebem, em média, dois terços da remuneração se comparada à dos homens. A percepção de que há desigualdade salarial vem aumentando desde 2007.

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