EUA acham difícil liberar brasileiros de visto de entrada

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Por Agencia Estado
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Os Estados Unidos consideram muito difícil o Brasil entrar para o Programa de Renúncias de Vistos americano, que contém uma lista de países cujos cidadãos são dispensados de apresentarem visto de entrada no país. É o que afirmou hoje o Subsecretário de Estado para Assuntos Políticos dos Estados Unidos, embaixador Marc Grossman, durante reunião, no Ministério das Relações Exteriores, com o subsecretário-geral de Cooperação das Comunidades Brasileiras no Exterior, embaixador Ruy Nunes Pinto Nogueira. A vinda da delegação americana ao Brasil, segundo a Agência Brasil, faz parte das consultas políticas que os dois países vêm realizando duas vezes ao ano para examinar temas de interesses comuns. Esta é quarta reunião, a próxima será nos Estados Unidos, no segundo semestre. Segundo o embaixador Marc Grossman, o presidente americano George W. Bush tem destacado a importância e o crescimento do relacionamento entre Brasil e Estados Unidos. De acordo com o presidente da delegação americana, as possibilidades de progresso em relação ao programa de dispensa de vistos para o Brasil são muito pequenas porque existem diversos obstáculos e regras a serem seguidas, ao que o ministro das Relações Exteriores, embaixador Celso Amorim, respondeu que podem ser encontradas soluções práticas. Uma sugestão do ministro brasileiro é aumentar os contatos pessoa a pessoa dentro do Brasil, antes que elas deixem o país. "A responsabilidade americana é cumprir a lei de seu país. Eu acho que devemos analisar bem essas possibilidades práticas ao invés de correr atrás de uma meta que não pode ser possível", afirmou o embaixador Marc Grossman. Marc Grossman destacou que é preciso reconhecer que os EUA são um país que acredita em fronteiras abertas e seguras, mas que acolhe visitantes, homens de negócios e estudantes e por isso tomaram uma decisão para garantir a segurança de suas fronteiras. Ele ressaltou que os dois países assumiram posições diferentes em relação a segurança. "O Brasil neste caso tomou a decisão de como tratar o cidadão americano e nós fizemos a decisão de como tratar as pessoas que têm vistos para os EUA. Não estamos criticando o que o Brasil faz porque é direito do país, estamos estimulando os americanos a cumprir as ordens dadas no Brasil. A diferença entre o que os dois países fazem é que os brasileiros criaram uma exigência para os cidadãos americanos e nós fixamos uma exigência para todos os portadores de vistos que não sejam de um dos países do Programa de Renúncias de Vistos", declarou o embaixador americano. As delegações brasileira e americana discutiram ainda assuntos relacionados às áreas de saúde, energia, ciência e econômicas, especificamente sobre a Alca (Área de Livre Comércio das Américas), questão levantada pelo ministro Celso Amorim. O presidente da delegação americana, Marc Grossman, não quis opinar, dizendo concordar que a formação da Alca seja bastante importante, mas que o assunto deve ser tratado por pessoas que tem competência para isso.

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