27 de junho de 2020 | 15h25
A ausência de saneamento básico afeta a saúde, a dignidade e a qualidade de vida de milhões de brasileiros. No País, mais de 100 milhões de pessoas não possuem coleta de esgoto em casa, e cerca de 35 milhões não têm sequer acesso a água tratada, segundo dados do SNIS, Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento. O déficit do setor é grande e há o desafio de que cada localidade contextos e realidades muito particulares. Enquanto a região Sudeste, por exemplo, abastece 91% da população com água tratada, nos Estados do Norte o serviço chega a 57% da população. A desigualdade de acesso ao tratamento de esgoto é ainda maior: 79% dos moradores do Sudeste têm coleta, mas, no Norte, o índice é de apenas 10,49%.
A covid-19 trouxe ainda mais urgência à questão, porque a água tem papel central na prevenção e enfrentamento da pandemia. Ao mesmo tempo, o Marco Regulatório do Saneamento Básico (PL 4.162/2019), que traz novas diretrizes ao setor, inclusive a participação da iniciativa privada na prestação dos serviços, está à espera da sanção presidencial, depois de ter sido aprovado pelo Senado Federal, na última quarta-feira, 24.
Para discutir este cenário atual e os caminhos mais rápidos e eficientes para o País atingir a universalização do sistema, o Estadão promove, na próxima terça-feira, 30 de junho, às 11h, o webinar “O presente e o futuro do saneamento básico no Brasil”. Entre os temas abordados, estará o caso de Piracicaba, cidade do interior de São Paulo que virou referência ao conseguir atingir a universalização da coleta e tratamento de esgoto por meio de uma parceria público-privada.
Vão participar do evento Barjas Negri, prefeito da cidade de Piracicaba; Gesner Oliveira, professor da FGV; Jacy Prado, diretor-presidente da Mirante, concessionária do Grupo Aegea; e Roberto Barbuti, diretor-presidente da Corsan, Companhia Riograndense de Saneamento.
Para assistir, acesse a TV Estadão pelo Facebook.
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