Ex-cabo da PM é condenado a 38 anos de prisão por homicídio

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Por Agencia Estado
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O ex-cabo da Polícia Militar Hércules de Araújo Agostinho foi condenado a mais 38 anos e quatro meses de prisão em regime fechado pelo duplo homicídio dos empresários Rivelino Brunini e Fause Rachid Jaudy. O advogado do ex-PM, Jorge Henrique Franco de Godoy, informou que vai recorrer da sentença. Os crimes ocorreram em 5 de junho de 2002 e teriam sido praticados a mando do bicheiro João Arcanjo Ribeiro, o Comendador, preso no Uruguai em abril de 2003, confessou Hércules ao juiz federal César Augusto Bearsi. Ao todo, o ex-PM já foi condenado a 120 anos de prisão por uma série de crimes cometidos, entre eles o assassinato do jornalista Sávio Brandão, dono do jornal Folha do Estado, em 30 de setembro de 2002. As condenações são pelas mortes de oito pessoas, duas tentativas de homicídios e formação de quadrilha. Morte encomendada Acusado de ser o chefe do crime organizado em Mato Grosso, Arcanjo teria encomendado as mortes ao "matador de aluguel" porque Brunini e Jaudy também estavam comandando os jogos de contravenção no Estado com a exploração ilegal de máquinas caça-níqueis. Além do ex-cabo já condenado, também vai a julgamento no próximo ano o coronel da PM Marcondes Tadeu de Araújo Ramalho. Ele é acusado pelo Ministério Público por crimes de formação de quadrilha e exploração ilegal de máquinas caça-níqueis. O coronel, que não é acusado por homicídios, seria julgado junto com o ex-cabo, porém o processo foi desmembrado. O Ministério Público entendeu que há relação entre os crimes de pistolagem com a exploração de máquinas caça-níques, jogo do bicho e crime organizado em Mato Grosso.

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