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Ex-comandante do 7º BPM é preso pela segunda vez no Rio

Ele foi preso por agentes da Corregedoria Geral Unificada (CGU) e encaminhado para a 64ª DP, no Vilar dos Teles

Por Priscila Trindade
Atualização:

SÃO PAULO - O ex-comandante do 7º Batalhão de Polícia Militar de São Gonçalo, tenente-coronel Djalma Beltrami, foi preso pela segunda vez no fim da tarde desta quinta-feira, 12, acusado de receber propina de traficante no Rio de Janeiro.

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Ele foi preso por agentes da Corregedoria Geral Unificada (CGU), com base nas investigações que culminaram na Operação Dezembro Negro, realizada em dezembro do ano passado.

O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) e a Delegacia de Homicídios de Niterói e São Gonçalo identificaram que a distribuição de drogas na Região dos Lagos tem origem no Complexo de favelas da Maré.

Ao longo da investigação, escutas telefônicas revelaram que policiais militares do 7º BPM negociavam propinas com traficantes para não coibir o tráfico de drogas. Sargentos, cabos e soldados, que integravam o Grupo de Ações Táticas (GAT), combinavam o pagamento de propina semanal no valor de R$ 20 mil. Metade desse montante era repassado ao então comandante do BPM, Djalma Beltrami.

O tenente-coronel chegou a ser preso no dia 20 de dezembro após a decretação de sua prisão temporária, mas foi solto ao obter habeas corpus no dia 21 de dezembro por falta de provas.

Na quarta-feira, 11, a Justiça expediu o mandado de prisão preventiva contra Beltrami. Ele foi encaminhado para a 64ª DP, no Vilar dos Teles. "Em conversa interceptada, Beltrami fala com um subordinado sobre a retirada de qualquer material errado nas viaturas, como touca ninja, munições não permitidas e armamento, pois não queria ter problemas com eventual fiscalização da Corregedoria", narra trecho do pedido de prisão encaminhado à Justiça.

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