22 de agosto de 2010 | 00h00
Apesar dos desentendimentos, Protógenes está satisfeito no PC do B e promete ser uma das revelações eleitorais do partido. Ainda dizendo-se marcado por seu afastamento da PF, ele é familiarizado com a vida e a linguagem comunistas. "Eu li O Capital", apressa-se em comentar.
Na escola, aos 16 anos, na década de 60, criou um jornalzinho, o Alerta Geral, e quase foi preso em casa. Escapou por conta das influências do pai, militar, mas um "opositor do regime", diz.
Protógenes afirma que sofreu "pressões dentro do partido", após ter aparecido como possível candidato ao Senado. "Alguém me avisou para eu pisar nesse chão da política devagarinho", diz, cantarolando e parodiando Dona Ivone Lara.
Apesar de seu passado comunista, afirma que "não precisa ser trotskista para se filiar ao PC do B". O estatuto do partido, diz, defende a "social-democracia". Assim como Orlando Silva e Netinho, o neocomunista filiou muitos novos simpatizantes (acadêmicos, advogados, policiais, entre outros) ao partido.
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