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Ex-garçom confessa ligação com quadrilha que resgatou presos

Por Agencia Estado
Atualização:

A polícia prendeu nesta quarta-feira mais um suspeito de integrar a quadrilha responsável pelo resgate de presos na penitenciária José Parada Neto, em Guarulhos, no último dia 17. Carlos Eduardo Costa Marto, de 21 anos, se entregou na Delegacia Seccional de Taboão da Serra, na Grande São Paulo. A prisão de Marto, que trabalhou como garçom no restaurante Rubaiyat, em São Paulo, também pode revelar novos fatos sobre a morte do prefeito de Santo André, Celso Daniel, ocorrida no dia 20 de janeiro. Segundo o titular da seccional, Romeu Tuma Júnior, a prisão de Marto estava decretada desde o início da semana. Investigações realizadas pela polícia revelaram que ele é ligado à quadrilha que resgatou os presos da penitenciária em Guarulhos de helicóptero. "Ele confirmou que era amigo do grupo envolvido no resgate", disse Tuma. A advogada dele me ligou afirmando que ele estava com medo de morrer na rua e por isso iria se entregar", disse o delegado. Tuma Júnior evitou fazer ligações diretas entre o rapaz e o assassinato do prefeito. "O que nós temos de concreto é que ele tinha ligações com a quadrilha, que andavam sempre juntos e chegaram a morar juntos em determinadas épocas de suas vidas", disse o delegado. O delegado lembrou que, no cativeiro encontrado em Embu e que pertencia à quadrilha, foram encontrados vários indícios de que Daniel esteve abrigado no local. No Santana estacionado na garagem, havia fios de cabelo branco e um folheto do restaurante Rubaiyat. Em conversas preliminares com o delegado, Marto afirmou que trabalhou no restaurante Rubaiyat no segundo semestre do ano passado. "O que temos de saber é como esse envelope (do Rubaiyat) foi parar lá, só pode ter sido através dele", disse Tuma Júnior. O deputado federal Luiz Eduardo Greenhalgh (PT-SP) esteve na seccional de Taboão da Serra durante a tarde. Ele não descartou a hipótese do ex-garçom estar envolvido com a morte do prefeito. "Pode haver ligações com o caso", disse o deputado, que acompanha as investigações. Segundo ele, Tuma Júnior telefonou durante a tarde, informando sobre a prisão. "Por isso resolvi acompanhar de perto." O deputado permaneceu cerca de duas horas na delegacia. O depoimento do ex-garçom, que está com prisão decretada por 30 dias, seria dividido em três partes. Na primeira, ele iria esclarecer sobre o resgate de presos em Guarulhos. A segunda seria sobre o cativeiro encontrado no Embu, que Tuma suspeita ter abrigado Celso Daniel. Na última parte, as perguntas seriam sobre a eventual ligação da quadrilha com a morte do prefeito.

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