Será julgado nesta terça-feira, 7, no Tribunal do Júri de Taguatinga (DF), o ex-médico Denísio Marcelo Caron, de 47 anos, acusado de ter provocado as mortes da universitária Graziela Murta de Oliveira e de Adcélia Martins de Souza, funcionária da Terracap, por complicações provocadas por cirurgias de lipoaspiração feitas em 2002. Sua defesa tentou, sem sucesso, um habeas-corpus no Supremo Tribunal Federal que cancelaria o julgamento de Caron.
No último julgamento, em Goiânia, em abril deste ano, ele foi condenado a oito anos de reclusão, em regime aberto, pela morte de outra paciente. Caron é apontado pelo Ministério Público como responsável também pela morte de mais três mulheres e pela deformação de 29, todas em consequência de falhas em procedimentos cirúrgicos.
O ex-médico usava diploma falso de especialização em cirurgia plástica. Caron começou a realizar cirurgias de lipoaspiração e mamoplastia em março de 2000, em Goiânia, com pouco mais de dois anos de exercício profissional e sem qualquer aperfeiçoamento técnico-científico.