Ex-militar é acusado de fornecer granada para traficantes

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Por Agencia Estado
Atualização:

O ex-cabo do Exército André Luiz Martins, de 29 anos, foi preso na noite de quinta-feira sob acusação de fabricar e fornecer granadas para traficantes de pelo menos duas favelas do Rio. De acordo com a polícia, Martins, que deixou as Forças Armadas no fim do ano passado, também usava os conhecimentos que adquiriu nos nove anos em que serviu no Batalhão de Forças Especiais da Brigada de Pára-Quedistas do Exército para vender serviços de manutenção de armamentos e treinamento de criminosos. O ex-militar negou as acusações e disse que trabalhava como motorista e só falará em juízo. Ele confirmou apenas que havia se comunicado por email com uma instituição norte-americana que estaria recrutando especialistas em armas para atuar no Iraque. No arsenal, em Magalhães Bastos, na zona oeste, a polícia encontrou 39 ?bananas? do explosivo Ibegel, provavelmente desviado de pedreiras, duas granadas, munições de festim para fuzil usadas em treinamento militar, canos de fuzil AK-47 e peças de granadas supostamente desviadas de instituições policiais ou militares. De acordo com o delegado Carlos Oliveira, titular da Delegacia de Repressão a Armas e Explosivos (Drae), Martins foi identificado como fornecedor durante a investigação de uma apreensão feita há três meses na favela da Coréia, zona oeste, de 161 granadas, oito minas e 30 mil cartuchos de munição da quadrilha de Robson André da Silva. Segundo ele, Martins também fornecia granadas para Alberico Azevedo Medeiros, líder do tráfico em Acari, na zona norte. ?Especialistas como ele são pagos a peso de ouro por qualquer quadrilha de narcotraficantes?, disse o delegado. De acordo com a investigação, o acusado vendia cada granada por R$ 100.

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